Brasília (DF) — A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) apresentou nesta quinta-feira (9), durante o seminário Pré-COP 30, em Brasília, os avanços nas políticas ambientais e produtivas que visam o desenvolvimento sustentável. Segundo a pasta, o estado já alcançou 88,3% da meta prevista até 2030 para o manejo florestal sustentável, totalizando 5,3 milhões de hectares de um objetivo de 6 milhões.
Conforme divulgado pela Sema, o modelo adotado busca equilibrar crescimento econômico, conservação ambiental e inclusão social. A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, destacou que Mato Grosso mantém 60% de seu território preservado, mesmo sendo um dos principais produtores agropecuários do país. “Essa área preservada é superior à soma dos territórios da Dinamarca, Reino Unido e Nova Zelândia”, afirmou.
Resultados e ações estratégicas
Entre os resultados apresentados estão avanços no licenciamento ambiental, regularização fundiária, recuperação de áreas degradadas e integração entre lavoura e pecuária. As iniciativas fazem parte de uma política que integra as 12 ações prioritárias para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa e tornar o estado carbono neutro até 2035, de acordo com a secretária.
Outro destaque foi o projeto “Todos pelo Araguaia”, que apoia produtores rurais na recuperação de áreas de recarga de aquíferos e de preservação permanente na região do Araguaia. A partir de 22 de outubro, a Sema inicia em Barra do Garças a recuperação de mais 420 hectares no segundo lote do programa. “Estamos avançando com soluções que unem a produção sustentável à conservação dos recursos hídricos”, disse Lazzaretti.
Parcerias e compromissos internacionais
As políticas de conservação contam com a colaboração do Instituto PCI (Produzir, Conservar e Incluir) e de organizações parceiras, reforçando o compromisso de Mato Grosso com a agenda climática. “A estratégia PCI é motivo de orgulho, pois representa o movimento que o estado tem feito para incluir as pessoas em soluções que conciliam produção e conservação”, acrescentou a secretária, diante de representantes de países que participarão da COP 30, em Belém (PA).
De acordo com dados da Sema, 35% das áreas preservadas estão em propriedades rurais privadas, em forma de reservas legais e áreas de preservação permanente (APPs). Lazzaretti enfatizou que o estado tem avançado no cumprimento do Código Florestal e que a valorização do produto produzido dentro da legalidade deve substituir embargos econômicos como instrumento de preservação.
“Estamos consolidando políticas públicas que incorporam a sustentabilidade à matriz produtiva dos setores e da sociedade civil. Mato Grosso tem a sua própria solução para crescer com responsabilidade ambiental”, declarou a secretária.
Contexto: sustentabilidade em Mato Grosso
O Mato Grosso é reconhecido nacionalmente como um dos estados com maior percentual de cobertura vegetal nativa preservada. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e dados complementares do IBGE, o bioma amazônico cobre cerca de 54% do território estadual, e políticas como o Programa PCI são consideradas modelos de referência em governança ambiental.
O evento Pré-COP 30 reuniu representantes de governos, entidades ambientais e especialistas em clima, discutindo compromissos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada no Brasil em 2025.
Esta reportagem foi elaborada com base em informações oficiais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e dados públicos do Instituto PCI. Última atualização: 10 de outubro de 2025.
Serviço: Para conhecer mais sobre as metas de sustentabilidade de Mato Grosso, acesse o portal oficial da Sema-MT: www.sema.mt.gov.br.
Denúncias de crimes ambientais podem ser feitas anonimamente pelo telefone 0800-065-3838.