O secretário de Estado de Educação de Mato Grosso, Alan Porto, comentou nesta terça-feira (11), durante visita a Lucas do Rio Verde, sobre o caso da estudante de 13 anos que foi atacada com golpes de canivete dentro da Escola Estadual Domingos Aparecido dos Santos, em Rondonópolis, a 220 km de Cuiabá. O episódio, ocorrido na tarde de segunda-feira (10), foi registrado por câmeras de segurança e chocou a comunidade escolar.
Alan Porto classificou o fato como um caso isolado, destacando que todas as medidas foram tomadas para garantir o acolhimento das famílias e o suporte psicológico às pessoas envolvidas.
“Tivemos esse caso isolado, infelizmente, uma coisa que nos entristeceu muito. […] Aquele estudante, de 16 anos, está preso, e a polícia está em investigação. Graças a Deus, a menina está fora de perigo, internada e recebendo todo o atendimento necessário”, afirmou o secretário.
O gestor também informou que a unidade de ensino conta com equipe psicossocial composta por assistente social e psicólogo, responsável por acompanhar a família da vítima e do autor do ataque. Ele ressaltou que a escola está passando por reformas e deve ser transformada em unidade cívico-militar no próximo ano, com foco em disciplina e segurança escolar.
O caso
De acordo com informações da Polícia Militar, um adolescente de 16 anos foi apreendido após atacar uma colega de 13 anos dentro da sala de aula, utilizando um canivete. As imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o agressor se aproxima de duas estudantes e, repentinamente, segura uma delas, desferindo vários golpes.
A vítima sofreu perfurações no pulmão, virilha e abdômen, sendo socorrida e encaminhada a um hospital da cidade, onde passou por avaliação médica e permanece em recuperação. Um outro estudante, que tentou impedir a agressão, também ficou ferido, com cortes na mão.
Durante a apreensão, os policiais encontraram com o adolescente o canivete usado no crime e um bilhete escrito à mão, em que ele afirma ter sido vítima de bullying e demonstra não sentir arrependimento. O texto também contém uma mensagem de despedida dirigida à mãe, à avó e aos irmãos.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias e as motivações do ataque, além de apurar se havia histórico de conflitos anteriores entre os estudantes.
