A travessia pela BR-163, em Mato Grosso, ficou mais cara a partir da zero hora deste sábado (27). A ANTT autorizou o reajuste das tarifas de pedágio no trecho da Nova Rota do Oeste, que liga Itiquira a Sinop. O aumento, que chega a 10,77%, varia agora entre R$ 5,40 e R$ 10,40 nas nove praças.
Contudo, o salto no preço não é apenas inflação. A maior parte do índice (5,23%) cobre a correção anual, mas o restante é a fatura de um pacote de investimentos massivos e historicamente demandados pela sociedade mato-grossense, que foram incorporados de última hora ao contrato.
O preço da duplicação e da segurança
O reajuste é o valor cobrado pela transferência de responsabilidades gigantescas que a concessionária absorveu. A principal delas é a duplicação do trecho entre Várzea Grande e Rosário Oeste, uma obra que originalmente pertencia ao DNIT.
Além de assumir esse peso logístico, a Nova Rota terá que entregar soluções cruciais de segurança e tecnologia:
- Ponto de Socorro na Serra: Construção urgente de uma área de escape na temida Serra de São Vicente (BR-364, km 349).
- Controle de Velocidade: Instalação e operação de 45 novos equipamentos controladores de velocidade (radares).
- Conexão Total: Implantação de conectividade 4G ao longo de toda a rodovia, modernizando a comunicação na BR-163.
Esses investimentos, que foram incorporados por meio da Revisão Quinquenal aprovada em janeiro, já estão com ordens de serviço assinadas. Em outras palavras, o aumento reflete o custo de um cronograma acelerado para tirar projetos vitais do papel e desafogar a espinha dorsal logística de Mato Grosso. A concessionária já mantém oito contratos ativos de duplicação entre Cuiabá e Sinop.