A apreensão de R$ 800 mil em espécie dentro de uma residência resultou na prisão do 1º tenente Marcel Castor de Abreu, detido pela Polícia Federal em Rondonópolis nesta quarta-feira (19). O dinheiro estava guardado na casa do oficial, que foi surpreendido pelos agentes no cumprimento de mandado.
Segundo informações da Polícia Federal, o tenente da Polícia Militar de Mato Grosso foi localizado durante uma ação que integra uma investigação sobre lavagem de dinheiro e agiotagem. A operação alcançou alvos ligados a um esquema que, conforme a apuração preliminar, teria movimentado cerca de R$ 60 milhões de forma irregular.
Dinheiro vivo e cumprimento dos mandados
Os investigadores afirmam que o montante apreendido estava separado em maços no interior da residência do militar. O valor, considerado expressivo pelos agentes, reforça uma das principais linhas de investigação: a suspeita de que o esquema utilizava recursos em espécie para dificultar o rastreamento financeiro.
De acordo com dados repassados pela Polícia Federal, o oficial foi imediatamente detido após a localização do dinheiro. A ação faz parte de uma etapa mais ampla da investigação, que busca identificar possíveis conexões entre os suspeitos e fluxos de capital utilizados para ocultação ou dissimulação de origem ilícita.
O tenente, após ser preso, foi encaminhado ao presídio da Mata Grande, onde permanecerá à disposição da Justiça. A apresentação em audiência de custódia está prevista para esta quinta-feira (20), etapa que irá definir se ele continuará detido ou responderá ao processo em liberdade.
Procedimentos internos e próximos passos
A Polícia Militar informou que a Corregedoria deve instaurar procedimento investigativo para apurar a conduta do servidor. Conforme a instituição, o protocolo interno exige análise imediata sempre que há a prisão de um membro da corporação, especialmente em casos associados a crimes financeiros.
Para o leitor, uma questão permanece: quais serão os próximos movimentos da investigação? A Polícia Federal não detalhou outras possíveis apreensões, nem esclareceu se há novos alvos relacionados aos valores que teriam circulado no esquema. No entanto, a operação tende a avançar para identificar a origem do dinheiro e seu destino dentro da suposta estrutura de agiotagem.
Outro ponto importante é o impacto institucional. Quando um militar é alvo de operação dessa natureza, as corporações normalmente reforçam protocolos internos e intensificam mecanismos de controle disciplinar. A Corregedoria, ao instaurar o procedimento, deverá analisar documentos, depoimentos e possíveis conexões funcionais do tenente com as atividades investigadas.
O caso segue sob supervisão da Justiça Federal e novas informações devem surgir após a audiência de custódia. A operação foi confirmada pela Polícia Federal, que conduz toda a investigação.



















