A Polícia Civil finalizou o procedimento que apura o ataque contra uma estudante de 13 anos dentro de uma escola estadual em Rondonópolis, ocorrido na última sexta-feira. O responsável pelas facadas, segundo o relatório, é um adolescente de 16 anos que agiu sozinho no momento da agressão.
O ataque deixou ferimentos graves na vítima, incluindo cortes na virilha, no abdômen e no peito, onde o golpe atravessou o pulmão. Um segundo adolescente, de 15 anos, que tentou socorrer a colega, também foi atingido e sofreu um corte profundo nas mãos.
Conforme informações da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente, várias testemunhas foram ouvidas durante a investigação. Entre elas estavam alunos, servidores da unidade escolar e familiares de todos os envolvidos, o que permitiu à equipe reconstruir os minutos que antecederam o ataque.
Os agentes recolheram o canivete utilizado, além de um caderno e outros objetos relacionados ao caso. Todo o material foi encaminhado à Perícia Oficial e Identificação Técnica, que ainda elabora os laudos, incluindo o exame de corpo de delito da vítima.
Segundo o apurado, o adolescente de 16 anos será responsabilizado por ato infracional semelhante aos crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal. Para os investigadores, ele não só executou as facadas, como também planejou a ação. O relatório aponta que não houve participação direta de outras pessoas no momento do ataque.
Já o adolescente de 15 anos foi identificado como partícipe por ter fornecido o canivete usado no crime. Apesar de saber do plano, ele não interveio para impedir a agressão nem auxiliou a vítima antes do ataque, segundo o documento da Polícia Civil.
Em seu depoimento, a estudante relatou que nunca praticou bullying contra o agressor. No entanto, algumas testemunhas afirmaram que ela se referia a ele de forma pejorativa em determinadas situações, incluindo um parente próximo.
Após ser apreendido, o adolescente de 16 anos foi encaminhado ao sistema socioeducativo, onde deve permanecer internado inicialmente por 45 dias. Já o investigado de 15 anos responderá em liberdade, a menos que haja futura representação do Ministério Público solicitando sua internação.
Os investigadores aguardam a conclusão dos laudos periciais para anexá-los ao procedimento, que segue para avaliação das autoridades responsáveis. A conclusão técnica da Politec deve esclarecer pontos importantes sobre a dinâmica das lesões e reforçar os próximos passos do processo.
A Polícia Civil informou que o caso está formalmente encerrado nesta fase, e os desdobramentos agora dependem das decisões judiciais e das requisições do Ministério Público. A apuração integra as ações rotineiras da corporação voltadas à proteção de crianças e adolescentes no estado de Mato Grosso. Segundo a instituição, o relatório final será encaminhado às autoridades competentes para providências.
Fonte: Polícia Civil

















