As mulheres que cumprem pena na Cadeia Feminino de Cáceres, a 220 km da capital, terão acesso a uma sala exclusiva para exames de prevenção do câncer de colo de útero. Eles serão atendidas por uma equipe de médicos e enfermeiros que farão a coleta do material e encaminharão ao laboratório. O funcionamento da sala teve início na segunda-feira (21).
A sala que vai atender a 44 reeducandas foi viabilizada pela parceria entre diversos órgãos, como Conselho da Comunidade, Prefeitura de Cáceres e Secretaria Estadual de Segurança Pública.
De acordo com a enfermeira da Cadeia Feminina de Cáceres, Vanessa Cristina de Oliveira Proseta, que trabalha na unidade desde 2017, nenhuma reeducanda apresentou resultado positivo para a doença. Entretanto, é importante mantê-las informadas sobre os riscos do câncer de colo de útero.
A doença
O câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais comum entre as mulheres (atrás do câncer de mama e do colorretal), com exceção dos casos de pele não melanoma.
A doença é caracterizada pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do útero, comprometendo o tecido subjacente (estroma). Ela pode invadir estruturas e órgãos contíguos ou à distância.
É uma doença de desenvolvimento lento, que pode ter início sem sintomas e evoluir para quadros de sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
A estimativa é que hajam 530 mil novos casos da doença, por ano, em todo o mundo. O câncer de colo de útero é responsável por 265 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca) do Ministério da Saúde.
