Que as futuras gerações deem importância ao descarte correto, diz gestor ambiental

Rangel Portela atendeu crianças que visitaram a Central de Recebimentos de Embalagens Vazias no Dia Nacional do Campo Limpo

Fonte: CenárioMT

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Foto: Best Place

Dezenas de alunos participaram do Dia Nacional do Campo Limpo em Lucas do Rio Verde nesta quinta-feira (18). Os estudantes de escolas da rede municipal visitaram a Central de Recebimento de Embalagens Vazias nesta sexta-feira. Eles conheceram a estrutura existente na zona rural e receberam informações sobre os cuidados no manuseio dessas embalagens e a necessidade de descarte correto com vistas à preservação ambiental.

A retomada do Dia do Campo Limpo após a pandemia foi ressaltada pelos organizadores do evento. Desde 2005 são realizadas ações para conscientização dos produtores rurais e a partir de 2008 começou a fazer parte do calendário nacional. A retomada das visitas acontece num momento em que as escolas já organizaram suas grades curriculares. A partir do próximo ano a programação vai envolver também escolas da rede privada.

Além da visitação das escolas, outras ações foram realizadas ao longo da semana, como palestras a estudantes de agronomia e premiação de três produtores considerados destaque quando o assunto é a devolução das embalagens utilizadas.

“Conscientizar as futuras gerações da importância de dar um descarte correto para embalagem vazia e quanto o uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual), os aspectos abertos aqui do evento para a comunidade do entorno, visitar e conhecer o que é feito aqui. Cerca de 100% das embalagens de Lucas são dados destino correto”, explicou Rangel Portela, gestor ambiental da Fundação Rio Verde.

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Museu do Cerrado

Antes da visitação à Central de Recebimento de Embalagens Vazias houve atividade no Museu do Cerrado. No local, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente recebeu alunos. A ideia é trabalhar temáticas ambientais relacionadas ao descarte adequado de embalagens de agrotóxicos.

Titular da pasta, Paulo Nunes valorizou a parceria com a Fundação Rio Verde e Cearpa, entidade que reúne revendas de agrotóxicos, e a necessidade de difundir informações que ajudem o meio ambiente. “Nós aproveitamos a envolver as crianças nas escolas, recebemos em torno de 100 a 150 crianças hoje, tanto aqui como lá no local onde é destinado as embalagens para eles conhecerem como que funciona. E nós aproveitamos também para mostrar o que nós temos aqui no Museu do Cerrado em termos de educação ambiental”, disse.

Nunes disse que o Museu do Cerrado tem sido visitado por alunos desde a sua reinauguração no início de junho último. Neste período, pelo menos 320 alunos passaram pelo local, recebendo diversas instruções. “A gente apresenta a necessidade de se preservar o meio ambiente, mostrando para eles que a alface, a rúcula, que o repolho não vem na gôndola do supermercado, alguém tem que plantar, cuidar para depois colher e destinar para as pessoas, que servem de alimentação”, assinalou.

Consciência ambiental

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Foto: Best Place

Antes de levar os alunos ao Museu do Cerrado e à Central de Recebimento de Embalagens Vazias, houve um trabalho em sala de aula. A professora Adiles Martins, do 5º ano da Escola Vinicius de Moraes, explicou que houve a preocupação em preparar os estudantes. Ela comentou que os adolescentes foram orientados sobre o que se tratava o Dia do Campo Limpo.

“Alguns falaram que já sabiam alguma coisa, mas a grande maioria não tinha ideia do que se tratava. Na faixa etária deles, de 10 e 11 anos, eles estão formando consciência mais madura. Eu acho muito importante este momento pra eles já levarem pra vida deles, o conhecimento sobre meio ambiente, sobre preservação”, detalhou a professora.

Conforme a educadora, as visitas ao Museu e à Central de Embalagens surpreendeu os estudantes, pois não conheciam os dois ambientes, em especial o Museu, que fica localizado na área urbana, portanto, acessível à comunidade. “Alguns já tinham ido com as escolas onde estudaram antes, mas a grande maioria não sabia do que se tratava o museu. Eles tinham outro conceito de museu. E lá puderam ver, perguntar e nós temos que explicar que museu é um lugar de coisas antigas, de preservação pra manter algumas características. No caso, como é museu do cerrado, lá nós temos a natureza  preservada e mantidas as espécies”, concluiu.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.