O projeto de intervenção na região do Portão do Inferno, na rodovia MT-251 em Mato Grosso, está sob pressão judicial. A Justiça Federal deu um prazo de 15 dias para que o Governo explique as mudanças no plano original, que trocou o corte de um paredão rochoso por uma proposta de construção de um túnel. A cobrança é resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público Estadual (MP-MT).
O governo estadual iniciou as obras com a ideia de fazer o “retaludamento” do paredão, mas paralisou os trabalhos após a remoção da vegetação e o início de sondagens. Em junho, a gestão estadual informou que novos estudos, realizados somente após o início do projeto, revelaram a necessidade de uma solução diferente: um túnel.
A intimação da Justiça Federal busca esclarecer as razões técnicas que levaram ao abandono do primeiro plano e exige que o governo apresente os estudos que dão suporte à nova proposta. A Justiça também quer saber o que será feito das intervenções já realizadas no local, como a retirada da vegetação nativa, e qual o cronograma de execução do túnel.
Em paralelo, o MPF abriu um procedimento administrativo para acompanhar as condicionantes ambientais do novo projeto. O órgão reforçou a preocupação com os impactos ambientais e geológicos na região do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, buscando garantir que a obra não comprometa a integridade do ecossistema.