No Mato Grosso, o Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 9 de agosto, marca também um período de avanços significativos na agricultura das aldeias. Entre 2019 e abril de 2025, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf-MT), destinou mais de R$ 5 milhões para fortalecer a produção agrícola em comunidades indígenas de diversas regiões.
Os investimentos incluíram tratores, implementos agrícolas, microtratores, motocultivadores, veículos utilitários, insumos e mudas, beneficiando aldeias de municípios como Barra do Bugres, Alto Boa Vista, Paranatinga, General Carneiro, Juara, Campinápolis, Santa Terezinha, Canarana, Brasnorte e São Félix do Araguaia, além de cooperativas indígenas.
Com esse apoio, as comunidades têm ampliado e diversificado suas produções, com destaque para o cultivo de café e o avanço da apicultura. Essas iniciativas fortalecem a geração de renda, a segurança alimentar e a preservação de saberes tradicionais, aliados a técnicas modernas de cultivo.
Para a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka, o momento é de reconhecimento e orgulho pela capacidade de inovação dos povos indígenas. Já o governador Mauro Mendes afirmou que investir na produção das aldeias é apostar no futuro do estado, destacando que produtos como café e mel já abastecem famílias e geram renda local. O vice-governador Otaviano Pivetta reforçou que a política é voltada à autonomia e à valorização cultural.
O cacique Paulo, do povo Balatipuané, presidente de uma associação comunitária em Barra do Bugres, recebeu recentemente um trator avaliado em R$ 207 mil. Ele destacou que sua comunidade atua com agricultura, pecuária, etnoturismo e artesanato, e que as peças produzidas já alcançaram eventos como a Fit Pantanal. Segundo ele, o objetivo é claro: produzir mais, garantir qualidade de vida e contribuir com o desenvolvimento do estado.
Com resultados concretos, o estado reafirma, neste Dia Internacional dos Povos Indígenas, o compromisso com a valorização, o respeito e o fortalecimento das comunidades que preservam sua identidade e história.