Operação Eixo Quebrado desmantela grupo especializado em golpes de compra e venda de veículos, segundo a Polícia Civil de Mato Grosso e Polícia Civil de Goiás. A ação, realizada na manhã de terça-feira, cumpriu seis mandados de busca e apreensão na cidade de Rondonópolis, visando coletar provas sobre fraudes aplicadas via plataformas virtuais.
Detalhes da investigação
As investigações tiveram início após registro de ocorrência de uma vítima que teria perdido cerca de R$ 120 mil na aquisição de um caminhão. Conforme apurado, o grupo criminoso operava sob o esquema conhecido como falso intermediário de veículos, utilizando engenharia social para convencer compradores a transferirem grandes valores por produtos inexistentes ou vendidos de forma fraudulenta.
Segundo nota oficial, seis pessoas foram identificadas como participantes diretas da fraude, distribuídas em funções específicas:
- Operadores telemáticos: responsáveis pela criação de anúncios falsos, manipulação de comunicações virtuais e convencimento das vítimas;
- Gestores financeiros: encarregados de receber, transferir e ocultar os valores ilícitos obtidos.
Apreensões e medidas legais
Durante a operação em Rondonópolis, a polícia apreendeu celulares, documentos e outros materiais digitais que devem auxiliar na continuidade das investigações. Os envolvidos poderão responder por estelionato qualificado pela fraude eletrônica (Art. 171, §2º-A do Código Penal) e associação criminosa (Art. 288 do Código Penal), com penas que podem ultrapassar 11 anos de reclusão.
Contexto local
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública registra aumento de fraudes eletrônicas envolvendo veículos nos últimos anos, evidenciando a complexidade e a organização dessas quadrilhas. Este tipo de crime não apenas provoca prejuízos financeiros elevados, mas também dificulta a confiança nas negociações online entre compradores e vendedores.
Reportagem baseada em informações oficiais da Polícia Civil de MT e GO.
Para denúncias sobre golpes de compra e venda de veículos, cidadãos podem contatar a delegacia mais próxima ou acessar os canais oficiais de registro de ocorrências digitais.