A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu o inquérito que apurou o furto de R$ 300 mil de um caixa eletrônico do Banco Bradesco, instalado na sede da Prefeitura de Sorriso. Treze criminosos oriundos de São Paulo foram indiciados.
O crime ocorreu em agosto de 2023 e foi executado por um grupo especializado que violou o terminal de autoatendimento. O dinheiro foi depositado em diversas contas bancárias logo após a ação.
De acordo com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com apoio da Delegacia de Sorriso, seis investigados foram indiciados por furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os outros sete responderão por lavagem de dinheiro e receptação.
As investigações revelaram toda a logística do crime, incluindo o aluguel de um carro em Mauá (SP) e os detalhes da invasão ao terminal bancário. A análise pericial e os depoimentos coletados permitiram individualizar a participação de cada envolvido.
O inquérito foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário no dia 23 de maio, após uma série de interrogatórios conduzidos durante a Operação Chave Mestra, deflagrada no dia 14 do mesmo mês.
O delegado Ronaldo Sayeg, chefe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo, acompanhou as diligências finais e visitou a sede da GCCO em Cuiabá.
O crime teve execução planejada. Dois homens se disfarçaram com uniformes de manutenção e conseguiram acesso ao prédio, enquanto um terceiro dava cobertura. A familiaridade da equipe do local com a presença de técnicos impediu que o ato levantasse suspeitas.
Na Operação Chave Mestra, foram cumpridos 38 mandados judiciais nas cidades paulistas de Mauá, Araraquara e na capital. A ofensiva incluiu prisões, buscas, apreensões e bloqueios de contas bancárias.
A ação conjunta da GCCO, Delegacia de Sorriso e DEIC integra o programa Tolerância Zero ao Crime, que visa o enfrentamento ao crime organizado com uso de inteligência e integração entre forças policiais.