Polícia conclui investigação sobre agressão em escola com foco em tortura e organização criminosa

Meninas de 11 a 14 anos agrediram colega de forma brutal em escola de Alto Araguaia, o que gerou comoção pública e levou à internação de três envolvidas.

Fonte: CenárioMT

Polícia conclui investigação sobre agressão em escola com foco em tortura e organização criminosa
Foto: PJC

A Polícia Civil de Mato Grosso finalizou nesta terça-feira (5) a investigação sobre o violento espancamento de uma aluna de 12 anos por quatro adolescentes, ocorrido no dia anterior em uma escola estadual de Alto Araguaia. O caso teve ampla repercussão devido à gravidade das agressões cometidas pelas menores.

Conforme apurado, as adolescentes, com idades entre 11 e 14 anos, agrediram brutalmente a colega, impedindo qualquer reação. Segundo o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo inquérito, foi constatado que o grupo agia com estrutura semelhante a uma organização criminosa, impondo regras internas às integrantes.

Com base nas provas reunidas, o delegado solicitou à Justiça a internação das adolescentes pelos atos infracionais equivalentes aos crimes de tortura e integração de organização criminosa. A solicitação foi aceita pela 1ª Vara de Alto Araguaia, que expediu mandados de busca e apreensão para cumprir as medidas socioeducativas contra três das envolvidas.

A quarta adolescente, por ter apenas 11 anos na data dos fatos, não pôde ser submetida à internação, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Durante as investigações, iniciadas imediatamente após o vídeo do ataque circular nas redes sociais, a Polícia identificou e ouviu cerca de dez pessoas, incluindo as agressoras, familiares, a direção da escola e a vítima. As adolescentes confessaram as agressões e afirmaram que outras quatro alunas já haviam sido punidas com violência por desrespeitarem regras do grupo.

Um dos detalhes mais chocantes revelados foi que a vítima, durante a sessão de espancamento, foi coagida a não chorar, sob ameaça de sofrer ainda mais violência. O caso acendeu o alerta sobre o comportamento de grupos entre menores e a necessidade de atuação preventiva dentro das instituições de ensino.

Um criador de conteúdo e entusiasta de jogos e tecnologia, trabalha como redator no CenárioMT, é analista de TI e game designer no tempo livre.