Polícia Civil desarticula grupo que roubava motoristas de app em Cuiabá

Operação Traceback mira suspeito de receptar valores de roubos a motoristas de aplicativo na capital mato-grossense.

Fonte: CenárioMT

Polícia Civil desarticula grupo que roubava motoristas de app em Cuiabá
Polícia Civil desarticula grupo que roubava motoristas de app em Cuiabá - Foto: PJC

Cuiabá (MT) — A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação Traceback, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em roubos a motoristas de aplicativo na capital. A ação cumpre mandados de busca e apreensão contra um suspeito apontado como receptador e possível partícipe de crimes de roubo majorado, conforme nota oficial da corporação.

Operação e alvos investigados

Os mandados foram cumpridos na residência e no local de trabalho do principal investigado, no bairro Liberdade, em Cuiabá. Segundo a DERFVA, o alvo responde pelos crimes de roubo majorado pelo concurso de pessoas, emprego de arma de fogo, restrição de liberdade da vítima, receptação qualificada e integração em organização criminosa. A Polícia Civil apreendeu aparelhos eletrônicos, documentos e possíveis bens obtidos com o crime, como parte da investigação que busca rastrear os lucros ilícitos do grupo.

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Crime com restrição de liberdade

De acordo com o inquérito, o crime que deu origem à investigação ocorreu em 15 de maio de 2025, por volta das 20h30, no bairro São João Del Rei, em Cuiabá. Um motorista de aplicativo foi rendido por dois homens armados que se passaram por passageiros. Durante cerca de duas horas, a vítima permaneceu em poder dos criminosos, enquanto o veículo — um VW Gol — foi utilizado pelos assaltantes.

Com o celular da vítima, o grupo tentou realizar diversas transações bancárias, conseguindo efetuar uma transferência via PIX de R$ 121 para uma conta de terceiros. Segundo a Polícia Civil, os autores mantinham contato telefônico constante com uma terceira pessoa, reforçando a hipótese de atuação coordenada.

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Rastreamento digital e identificação

Após a denúncia, a DERFVA iniciou diligências para rastrear as movimentações financeiras. Por meio de tecnologia de rastreamento digital — o chamado ‘traceback’ —, foi possível identificar o destinatário da transferência bancária e levantar indícios de sua participação direta no crime. O método permitiu à equipe mapear a cadeia de transações até chegar ao investigado, cuja atuação teria sido essencial para a lavagem de valores obtidos de forma ilícita.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, roubos envolvendo motoristas de aplicativo representam um dos tipos de crime urbano que mais crescem nas capitais brasileiras, com aumento de 22% em 2024. Especialistas apontam que o uso de transferências eletrônicas instantâneas, como o PIX, tem sido um dos principais rastros deixados por quadrilhas digitais.

Sobre a Operação Traceback

O nome da operação faz referência à técnica de rastreio reverso de dados, empregada para mapear fluxos financeiros ilícitos até os destinatários finais. Segundo a DERFVA, novas diligências e oitivas devem ser realizadas para identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa. O caso segue sob investigação.

Reportagem baseada em informações oficiais da Polícia Civil de Mato Grosso. Documento público disponível no portal da corporação.

Contexto

  • Data da operação: 17 de outubro de 2025
  • Delegacia responsável: DERFVA — Cuiabá
  • Crimes investigados: roubo majorado, receptação qualificada, restrição de liberdade e associação criminosa
  • Base legal: Artigos 157 e 180 do Código Penal

Saiba mais: continue acompanhando atualizações sobre segurança pública e operações policiais em Mato Grosso.

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