A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (8) a Operação Proditor, em Mato Grosso, com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes que atingia condomínios de Cuiabá. A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Estelionato e cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens dos envolvidos.
O principal investigado, um homem de 34 anos, ex-assistente financeiro de uma empresa de administração condominial, é apontado como o articulador do grupo criminoso. Segundo as apurações, ele teria desviado mais de R$ 55 mil de pelo menos dois condomínios da capital, por meio de 46 operações fraudulentas.
Como funcionava o esquema
As investigações revelaram que o suspeito utilizava seu acesso privilegiado às contas dos condomínios para falsificar notas fiscais e boletos bancários em nome de fornecedores habituais. Dessa forma, os síndicos eram induzidos a realizar pagamentos via Pix, acreditando tratar-se de débitos legítimos. No entanto, os valores eram transferidos para contas de comparsas próximos ao líder da organização.
Após os depósitos, os integrantes do grupo redistribuíam o dinheiro entre si, enviando a maior parte ao ex-funcionário, considerado o mentor das fraudes. Ao todo, sete pessoas foram identificadas como beneficiárias diretas das transações ilícitas.
Objetivo da Operação Proditor
De acordo com a delegada Eliane da Silva Moraes, titular da Delegacia Especializada de Estelionato, o foco da operação é interromper o ciclo de crimes e garantir a reparação às vítimas. “O bloqueio de ativos e o sequestro de bens visam assegurar o ressarcimento dos prejuízos e impedir o uso dos recursos obtidos ilegalmente”, explicou.
O nome Proditor faz referência à palavra latina que significa “traidor”, uma alusão à quebra de confiança entre os síndicos e o ex-funcionário acusado de manipular as finanças condominiais.
As autoridades continuam investigando possíveis ramificações do grupo em outros empreendimentos residenciais. A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas podem ser feitas por meio do canal oficial da instituição. Comente sua opinião sobre a operação!