A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta sexta-feira (12) a Operação Rede de Mentiras, que teve como objetivo desarticular um esquema milionário de pirâmide financeira. A ação cumpriu mandados de prisão preventiva, buscas e apreensões, além do bloqueio de bens e valores superiores a R$ 1,3 milhão.
Conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), a investigação revelou crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e infrações contra as relações de consumo e a economia popular. O Ministério Público e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atuaram em conjunto no caso.
Até agora, 27 vítimas já registraram ocorrência, mas a Polícia acredita que o número de prejudicados em todo o país seja muito maior. O esquema, segundo a Decon, era liderado por um empresário de 42 anos e utilizava empresas como Metaverso Soluções Digitais Ltda., Multiverso Digital Ltda. e Bispo Investments Ltda. para atrair investidores com promessas de lucros mensais de até 7%.
As apurações apontaram que a divulgação era feita por meio de redes sociais e transmissões ao vivo em um canal no YouTube, incentivando também a entrada de novos investidores, característica típica de pirâmides financeiras. Algumas vítimas relataram prejuízos de centenas de milhares de reais, enquanto outras mencionaram intimidações ao cobrarem os pagamentos.
Diante das provas, a Justiça autorizou o bloqueio de bens e contas até o valor de R$ 1.354.206,00, além da suspensão de registros de pessoas jurídicas envolvidas. Consumidores que foram lesados podem procurar a Delegacia do Consumidor em Cuiabá, na Rua General Otavio Neves, ou registrar ocorrência pela Delegacia Digital: delegaciadigital.pjc.mt.gov.br. Denúncias anônimas também podem ser feitas pelo telefone 197.
O nome da operação, Rede de Mentiras, faz referência ao uso intenso das redes sociais como ferramenta para atrair vítimas e sustentar o golpe.


















