A Polícia Civil de Mato Grosso, através da Delegacia de Alta Floresta (a 1.035 km de Cuiabá), prendeu na manhã desta quinta-feira (22.5) um casal investigado por disponibilizar suas contas bancárias para uma quadrilha. Essa quadrilha, mediante grave ameaça e tortura, obrigou vítimas a realizar transferências via Pix durante um roubo em Tabaporã (a 630 km da Capital). A ação é mais uma fase da Operação Abigeato.
O crime ocorreu em 28 de dezembro de 2024, em uma propriedade rural de Tabaporã. As vítimas foram amarradas, trancadas em um cômodo da casa e mantidas reféns por aproximadamente 36 horas.
Os criminosos roubaram dois veículos – uma caminhonete Toyota Hilux e uma VW Saveiro –, armas de fogo e outros objetos da residência. As vítimas também foram forçadas a realizar transferências via Pix, totalizando cerca de R$ 30 mil, para as contas indicadas pelos assaltantes. As investigações ainda apontaram que os suspeitos invadiram a propriedade com a intenção de roubar cerca de 300 cabeças de gado, mas não conseguiram concluir essa parte da ação criminosa.
Operação Abigeato: Um esforço contínuo da Polícia Civil
As investigações do caso foram iniciadas imediatamente pela Delegacia de Tabaporã. Em 3 de março deste ano, foi deflagrada a primeira fase da Operação Abigeato, que resultou no cumprimento de três mandados de prisão contra autores do roubo e cárcere privado, todos em Sinop (a 500 km de Cuiabá).
Em 12 de março, a segunda fase da operação levou à prisão de mais um suspeito de participação no crime, também em Sinop. Já na terceira fase, em 1º de abril, outras duas pessoas suspeitas de envolvimento foram presas em Porto dos Gaúchos (a 630 km da Capital).
Nesta quinta-feira (22.5), a Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra o casal que representava os últimos alvos relacionados ao roubo em Tabaporã. Após troca de informações entre as delegacias de Tabaporã e Alta Floresta, os suspeitos foram identificados e localizados no Setor B de Alta Floresta. O casal admitiu ter fornecido seus dados bancários à quadrilha para receber os valores das transferências via Pix.
Com a prisão do casal, todos os envolvidos no crime estão agora à disposição da Justiça.
