Pedreiro é preso em flagrante por invadir casa e estuprar adolescente em Mato Grosso

Fonte: CenárioMT

Jovem é encontrada nua e inconsciente após estupro em Mato Grosso
Justiça de Mato Grosso decreta prisão preventiva de homem acusado de agredir companheira

Um homem de 40 anos foi preso em flagrante na noite de terça-feira pela Polícia Civil de Dom Aquino, Mato Grosso, após estuprar uma adolescente de 17 anos. O crime ocorreu na própria residência da vítima, onde o suspeito, tio da mãe da adolescente, invadiu a casa e praticou o ato.

De acordo com as informações da Polícia Civil, o crime aconteceu quando a mãe da vítima estava trabalhando. O suspeito, que mora em um imóvel no mesmo terreno, aproveitou a ausência da mãe e, após ser negado acesso à casa, invadiu o local por uma janela.

Após a denúncia, a Polícia Civil iniciou as investigações e conseguiu localizar o suspeito em uma residência no centro da cidade. O veículo utilizado na fuga, um Fiat Uno azul, foi encontrado no local e o homem foi conduzido à delegacia.

A delegada Anna Paula Marien informou que o suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de estupro e será encaminhado ao Poder Judiciário, com o pedido de prisão preventiva. A adolescente foi encaminhada para exame de corpo de delito e está sendo acompanhada por equipes especializadas.

Mato Grosso lidera ranking nacional de estupros e feminicídios

O estado registrou um aumento de 12,4% nos casos de estupro em comparação com o ano anterior, com 2.205 mulheres e 270 homens como vítimas.
O estado registrou um aumento de 12,4% nos casos de estupro em comparação com o ano anterior, com 2.205 mulheres e 270 homens como vítimas.

Mato Grosso, se destaca negativamente, ocupando a segunda posição no ranking nacional de estados com maior taxa de estupros em 2023. A média de sete vítimas por dia desse crime no estado é um indicativo da gravidade da situação.

De acordo com o painel do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, o estado registrou um aumento de 12,4% nos casos de estupro em comparação com o ano anterior, com 2.205 mulheres e 270 homens como vítimas. A taxa de estupros para cada grupo de 100 mil habitantes em Mato Grosso foi de 67,65, um número significativamente superior à média nacional de 35,99. Apenas Mato Grosso do Sul apresentou uma taxa ainda maior.

Além dos altos índices de estupro, Mato Grosso também lidera o ranking nacional de feminicídios. A taxa de feminicídios para cada 100 mil habitantes no estado foi 90% superior à média brasileira, com 46 casos registrados em 2023.

O que os dados revelam:

  • Crise de violência sexual: Os números evidenciam uma crise de violência sexual em Mato Grosso, que exige ações urgentes por parte das autoridades e da sociedade.
  • Desigualdade de gênero: A disparidade entre os índices de violência contra mulheres e homens demonstra a persistência da desigualdade de gênero e a necessidade de políticas públicas específicas para combater a violência contra a mulher.
  • Subnotificação: É importante ressaltar que os dados oficiais podem subestimar o número real de casos de estupro, já que muitas vítimas não registram a ocorrência por medo, vergonha ou falta de confiança nas instituições.

Possíveis causas e desafios:

  • Cultura machista: A cultura machista ainda profundamente arraigada na sociedade brasileira contribui para a normalização da violência contra a mulher e dificulta a denúncia.
  • Falta de políticas públicas: A falta de políticas públicas eficazes para prevenir e combater a violência sexual é outro fator que agrava a situação.
  • Subnotificação: A subnotificação dos casos dificulta a compreensão da dimensão do problema e o desenvolvimento de ações mais eficazes.

O que precisa ser feito:

  • Investimentos em prevenção: É fundamental investir em programas de prevenção à violência sexual, com foco na educação e na mudança de cultura.
  • Fortalecimento das redes de atendimento: As redes de atendimento às vítimas de violência sexual precisam ser fortalecidas, com a oferta de serviços de acolhimento, acompanhamento psicológico e jurídico.
  • Aumento da punição: É preciso aumentar a punição para os agressores, garantindo que a justiça seja feita e que as vítimas se sintam seguras para denunciar.
  • Cooperação entre os órgãos: É fundamental a cooperação entre os diferentes órgãos envolvidos no combate à violência sexual, como polícia, justiça, saúde e assistência social.

A violência sexual é um problema complexo que exige uma resposta multifacetada. É preciso que todos os setores da sociedade se unam para combater esse crime e construir um futuro mais seguro para as mulheres e meninas.