Quase 3 mil motoristas foram presos por embriaguez ao volante durante as 338 edições da Operação Lei Seca realizadas entre janeiro e outubro deste ano, conforme divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT). As ações ocorreram em diferentes municípios e resultaram na autuação dos condutores pelo artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que prevê pena de detenção, multa e suspensão ou proibição de dirigir.
Contexto das fiscalizações
De acordo com dados oficiais, foram realizados 47.604 testes de alcoolemia e fiscalizados 43.758 veículos no período. Desse total, 10.673 veículos foram removidos às unidades de pátio por irregularidades. As operações ocorreram principalmente em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso, Alta Floresta, Cáceres, Nova Mutum, Tangará da Serra e Barra do Garças.
A fiscalização também resultou na emissão de 28.204 autos de infração de trânsito. Entre as principais irregularidades registradas estão:
- Conduzir veículo sem registro ou não licenciado: 6.228 autos
- Conduzir sob efeito de álcool: 5.759 autos
- Dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH): 4.851 autos
- Recusa ao teste de alcoolemia: 1.730 autos
Objetivo da Operação Lei Seca
A Operação Lei Seca é coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Sesp-MT e conta com apoio operacional da Polícia Militar, Polícia Civil, Detran-MT, Corpo de Bombeiros, Politec, Polícia Penal e guardas municipais, além das prefeituras. A legislação de trânsito no Brasil adota tolerância zero para consumo de álcool ao volante, com o objetivo de reduzir acidentes e preservar vidas.
Segundo a tenente-coronel Monalisa Furlan, coordenadora do GGI, a iniciativa busca reforçar o caráter preventivo e educativo da legislação. “A combinação de bebida alcoólica e direção coloca em risco não apenas o motorista, mas também outras pessoas. Atuamos com constância para reforçar escolhas seguras”, afirmou.
Comparativo com 2024
No ano anterior, foram realizadas 432 operações, que resultaram em 3.640 prisões por embriaguez ao volante, além de mais de 65 mil testes de alcoolemia aplicados. As autoridades apontam que as fiscalizações contínuas têm relação direta com a redução de acidentes graves em vias urbanas e rodovias estaduais.
Por que isso importa
A embriaguez ao volante é uma das principais causas de acidentes fatais no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A condução sob efeito de álcool reduz reflexos, altera a percepção de velocidade e diminui a capacidade de tomada de decisão rápida, fatores decisivos para a segurança no trânsito.
BOX – O que diz o CTB
Artigo 306: Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.
Pena: detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de dirigir.
Reportagem baseada em dados oficiais publicados pela Sesp-MT e Gabinete de Gestão Integrada (GGI). Documentos públicos e notas institucionais disponíveis nos canais oficiais da secretaria.

















