Operação Xavante atende mais de 1,5 mil indígenas em MT e distribui 11 mil medicamentos

Fonte: G1 MT

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Foto: Divulgação/Ministério da Defesa

A primeira fase da Missão Xavante chegou ao final neste domingo (2). A ação, do Ministério Defesa, da Saúde e da Justiça, levou assistência médica e insumos para auxiliar a população indígena em seis aldeias dos polos Campinápolis e São Marcos, em Mato Grosso.

A equipe de 24 profissionais de saúde das Forças Armadas atenderam indígenas da etnia Xavante entre os dias 28 de julho e 1º de agosto.

As aldeias foram contempladas com médicos clínicos gerais, ginecologistas obstetras, infectologista, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que proporcionaram atendimento médico especializado e reforçaram a atuação da saúde local no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante.

Ao todo, foram 1.578 atendimentos realizados aos indígenas da etnia Xavante. Também foram distribuídos mais de 11 mil medicamentos, sendo a maioria para diabetes e hipertensão.

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Testes de Covid-19

Durante a ação, também foram realizados exames de glicemia e verificação de sinais vitais, diagnósticos que contaram com ajuda de ultrassonografia portátil e testes de COVID-19.

Junto às comunidades assistidas, foi proporcionada a possibilidade de realização de testes de COVID-19, sendo que 149 Xavantes optaram pela realização do exame rápido, que é feito com coleta de sangue no dedo e demora alguns minutos para ficar pronto.

Do montante, 94 dos resultados foram negativos, 29 deles estão positivos e 26 resultaram em IGM negativo e IGG positivo para o novo coronavírus, o que significa que a pessoa já esteve infectada com o vírus, mas já está curada.

Segundo a médica da família da Força Aérea Brasileira, 1º Tenente Lione da Silva, o caso mais grave que ela atendeu foi o de um senhor de 88 anos que estava levemente sintomático, com tosse, mas devido à idade, o caso era preocupante.

De acordo com ela, todos os integrantes da família eram assintomáticos, porém todos testaram positivo. Segundo a tradição Xavante, quem perde um ente querido deve raspar a cabeça e os médicos viram muitas pessoas com a cabeça raspada.

A segurança das populações indígenas é condicionante básica para a missão. Dessa forma, são adotados protocolos rígidos de saúde. Todos os integrantes da missão devem apresentar o exame molecular de RT-PCR negativo, sendo que, a partir do momento da coleta, os mesmos passam a ficar em quarentena.

Além disso, antes do embarque para as Terras Indígenas, são realizados testes rápidos imunológicos (IgM e IgG) e uma inspeção sanitária para comprovar a ausência de sinais e de sintomas que possam sugerir a COVID-19. Durante a missão, os profissionais de saúde atendem os indígenas devidamente paramentados com todos os equipamentos de proteção.

Operação Xavante

Em função da extensa área de abrangência populacional e territorial, a missão Xavante de apoio às comunidades indígenas da região Centro-Oeste do País foi dividida em três fases. As próximas etapas estão previstas para acontecer de 3 a 9 de agosto, na área do Polo Base Marãiwatséde, e de 10 a 16 de agosto, no Polo Base Sangradouro do DSEI Xavante, ambas também no estado do Mato Grosso.