A Operação Hortifraude foi deflagrada na manhã desta terça-feira (30) em Mato Grosso, revelando um esquema criminoso que teria causado mais de R$ 45 milhões em prejuízos aos cofres públicos. A ação da força-tarefa do CIRA-MT teve como alvo fraudes fiscais no setor de hortifrutigranjeiros.
Ao todo, foram cumpridas 148 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, suspensão de atividades empresariais e afastamento de sigilos de dados. As medidas foram executadas em Cuiabá, Várzea Grande e também no estado de São Paulo, com apoio das equipes locais.
Segundo as investigações, o grupo criminoso estruturava empresas de fachada em nome de “laranjas” para simular operações comerciais e emitir notas fiscais frias. Assim, mercadorias circulavam sem o devido recolhimento de tributos, especialmente o ICMS. Escritórios de contabilidade e contadores também estariam envolvidos para dificultar a fiscalização.
O delegado responsável destacou que a estratégia do grupo dificultava a identificação dos verdadeiros autores, mas ressaltou que a integração das instituições foi fundamental para a coleta de provas. Já o promotor de Justiça afirmou que a atuação conjunta assegura que os recursos públicos sejam recuperados e revertidos em benefícios para a população, como saúde, educação e infraestrutura.
De acordo com a Secretaria de Fazenda, apenas nessa operação foram identificados mais de R$ 40 milhões em créditos tributários irregulares. O comitê enfatizou que a repressão às fraudes contribui diretamente para o fortalecimento da justiça fiscal em Mato Grosso.
O nome Hortifraude faz referência ao setor hortifrutigranjeiro, foco central do esquema de sonegação.