A Operação Conexão Criminosa foi deflagrada nesta sexta-feira (26) em Cuiabá e Várzea Grande, com o objetivo de desarticular duas associações criminosas independentes acusadas de aplicar fraudes eletrônicas contra personalidades públicas de Mato Grosso.
No total, foram cumpridos seis mandados judiciais, incluindo buscas domiciliares e afastamento de sigilo telemático. A operação busca apreender celulares, chips, documentos falsos e outros instrumentos utilizados nos crimes, além de identificar novos envolvidos.
De acordo com as investigações, os suspeitos são acusados de estelionato qualificado por meio de fraude eletrônica e associação criminosa, operando em dois núcleos distintos mas com métodos semelhantes.
Um dos grupos mirava uma empresa de construção civil ligada a figuras públicas do estado. Em um dos episódios, um criminoso tentou se passar por uma sócia da companhia, enviando mensagens via WhatsApp para induzir um funcionário a realizar transferências bancárias.
As apurações identificaram uma rede de pessoas aliciadas para fornecer contas bancárias usadas nos golpes. Entre os suspeitos, um casal apontado como responsável pela coordenação da fraude e com passagens anteriores por tráfico de drogas, além de uma mulher que manipulava dados cadastrais para dificultar o rastreamento.
Outro inquérito teve início após uma tentativa de fraude contra uma autoridade estadual em março de 2023. Na ocasião, criminosos utilizaram a foto de um parente da vítima e tentaram obter valores via Pix por mensagens de WhatsApp.
As investigações apontam que os responsáveis seriam membros de uma família que usava um imóvel em Várzea Grande como base. Eles criavam perfis falsos e usavam documentos adulterados para abrir contas bancárias, evidenciando uma estrutura organizada para os golpes digitais.
