Moradores de MT ajudam em pesquisa sobre sequelas da Covid-19

Inquérito do Ministério da Saúde busca dados para subsidiar políticas públicas para o tratamento das sequelas do coronavírus

Fonte: DIÁRIO DE CUIABÁ

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Em Mato Grosso, já foram confirmados mais de 923,5 mil casos da doença desde o início da pandemia

Moradores de cinco cidades de Mato Grosso vão participar do inquérito “Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil”, realizado pelo Ministério da Saúde.

A medida visa a levantar dados e subsidiar a criação de políticas públicas para o tratamento das sequelas do coronavírus na população.

De acordo como o órgão, esta é a segunda fase da coleta de dados do estudo, que, nas etapas anteriores, entre 2020 e 2021, serviu para traçar um retrato da pandemia.

No Estado, serão entrevistados moradores de Cuiabá, Cáceres, Sinop, Barra do Garças e Rondonópolis.

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De acordo com o Miinistério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-Covid.

Por isso, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

Até o fim de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram Covid-19 em 133 municípios brasileiros.

“O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também”, disse, por meio da assessoria, o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo.

Hallal coordena o estudo e, segundo ele, a intenção é “entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”.

Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos.

Esta segunda etapa pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico.

Para isso, conforme o MS, os entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões como vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.

Todos os participantes foram selecionados de forma aleatória, por sorteio.

Hallal esclareceu também que, diferentemente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de Covid.

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VÍRUS NO ESTADO – Em Mato Grosso, já foram confirmados mais de 923,5 mil casos da doença desde o início da pandemia.

Até sexta-feira (15) pela manhã, conforme dados consolidados da Secretaria de Estado de Saúde, 15.522 pessoas morreram em decorrência da covid no território mato-grossense.

Além do Ministério da Saúde, estão diretamente envolvidas no estudo as universidades Católica de Pelotas (UCPel) e de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde.

Para isso, os profissionais receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.