Morador perde mais de R$ 1 mil em golpe de falsa advogada em MT

Vítima de 48 anos transferiu valores via PIX após acreditar em mensagens sobre supostos processos judiciais; Polícia Civil investiga o estelionato.

Fonte: da Redação

Morador perde mais de R$ 1 mil em golpe de falsa advogada em MT
Imagem ilustrativa

O que era para ser uma atualização jurídica terminou em prejuízo para um morador de Mato Grosso: mais de R$ 1 mil desapareceram da conta de um homem de 48 anos após ele cair em um golpe aplicado por alguém que se passou por sua advogada.

Segundo informações registradas no boletim de ocorrência, o contato foi feito por um aplicativo de mensagens, com um discurso convincente sobre supostos “andamentos” de três ações judiciais. A mensagem trazia expressões técnicas e um tom formal — detalhe que costuma desarmar a desconfiança de muitas vítimas. O falso perfil orientou a realização de transferências via PIX para “desbloquear valores de causas já ganhas”.

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Confiando no que parecia ser um procedimento legítimo, o morador realizou os pagamentos solicitados. Pouco depois, veio o alerta vermelho: o número que havia enviado as mensagens o bloqueou e não respondeu mais. Ao revisar as supostas informações, o homem confirmou que não existiam processos em andamento que justificassem as transferências — um claro golpe de estelionato digital.

Golpe em alta e estratégias de persuasão

Esse tipo de fraude tem crescido de forma considerável no estado. Em 2024, casos de golpes envolvendo falsos advogados ou servidores da Justiça apresentaram aumento estimado de 22% em cidades do interior, conforme levantamento de entidades jurídicas regionais. Os criminosos usam técnicas de engenharia social: linguagem jurídica, imagens de documentos falsificados e senso de urgência, explorando a confiança e a falta de domínio do cidadão sobre termos legais.

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O relato da vítima deixa evidente esse padrão. “A conversa parecia real, com número salvo e foto da advogada”, contou o morador à Polícia Civil durante o registro. Esse detalhe visual — uma foto de perfil com trajes formais e um suposto logotipo de escritório — funciona, muitas vezes, como gatilho de credibilidade para iludir vítimas.

Investigação e prevenção

O caso está sendo apurado pela Delegacia Municipal, que tenta rastrear as contas usadas nos PIX e identificar a origem do golpe. Em crimes assim, o estelionatário costuma utilizar contas de “laranjas” ou chaves cadastradas com documentos de terceiros, o que dificulta o rastreamento imediato.

Especialistas em segurança digital alertam que o golpe se enquadra no crime de estelionato, previsto no Art. 171 do Código Penal, com pena que pode chegar a cinco anos de prisão. A orientação para evitar novas vítimas é simples, mas eficaz: nunca enviar valores antes de confirmar diretamente com o profissional que supostamente fez o contato — por ligação, consulta ao site oficial da Justiça ou pelo escritório jurídico responsável.

Uma recomendação útil é manter o hábito de checar processos por meio de canais oficiais dos tribunais. Além disso, registrar qualquer tentativa suspeita de cobrança jurídica ajuda na produção de provas e fortalece as investigações. Em situações semelhantes, é possível procurar imediatamente a Polícia Civil ou o atendimento digital da instituição para agilizar o comunicado.

Em nota, autoridades reforçaram que manter cautela com mensagens inesperadas pode evitar prejuízos e constrangimentos. Dúvidas sobre cobranças judiciais devem ser sanadas com o profissional contratado ou por meio dos portais oficiais do Judiciário. Denúncias de golpes podem ser feitas presencialmente ou pelas centrais de atendimento da Polícia Civil.

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Um criador de conteúdo e entusiasta de jogos e tecnologia, trabalha como redator no CenárioMT, é analista de TI e game designer no tempo livre.