Ministra da Agricultura recebe documento da aviação agrícola brasileira que oferece toda sua frota para combater o Aedes Aegypti

O Brasil possui a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com mais de 2.400 aeronaves

Fonte: CenárioMT

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Fazer o controle do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da Dengue, Chikungunya e do vírus da Zika – com auxilio de aviões agrícolas é uma realidade em vários países. Adotar essa prática no Brasil é um anseio do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

O Sindicato está amparado pela Lei 13.301/2016 que dispõe sobre a adoção de medidas de Vigilância em Saúde quando verificada situação de eminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito Aede Aegypti.

Para que a Lei seja colocada em prática, o Brasil ainda carece de estudo governamental.

Buscando ter o apoio necessário do Governo Federal, representantes do Sindag entregaram à Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Tereza Cristina, um Oficio.

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Comandante Antônio Carlos ao lado da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no momento da entrega do Oficio. O aviador representou o Sindag.

A entrega foi realizada nesta quinta-feira, 27 de outubro, durante visita da Ministra ao município de Sorriso (MT).

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Além do aviador Comandante Antônio Carlos (de Lucas do Rio Verde), que no ato representou o Sindag, participou do encontro com a Ministra Tereza Cristina, a Juíza Emanuelle Chiaradia Navarro.

A magistrada atua na Comarca do município de Sorriso-MT e é uma importante incentivadora do uso das aeronaves utilizadas na agricultura da região, para o desenvolvimento de ações que possam beneficiar a comunidade como um todo, inclusive no combate ao mosquito da Dengue.

A Juíza está à frente de um projeto de combate ao Aedes Aegypti no município de Sorriso.

Para tanto, Drª Emanuelle está promovendo uma parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAMT) para a produção de um inseticida biológico (BTI), que será usado em diversas linhas de frente no combate à dengue e na a pulverização com auxilio as aeronaves agrícola pode ser usado um locais de difícil acesso onde o combate por terra seja mais difícil .

A tecnologia para a produção do bioinseticida foi desenvolvida por três professores da Universidade Estadual de Londrina e tem apoio da Universidade Federal do Paraná. O produto mostrou resultado eficaz no combate da larva do mosquito, evitando seu desenvolvimento. (CLIQUE AQUI E CONHEÇA MAIS SOBRE O BIOINSETICIDA)

“O projeto piloto que será realizado em Sorriso poderá servir de modelo a todo estado e federação. Um deputado já se propôs a utilizar os dados coletados no projeto piloto em Sorriso para fazer uma lei estadual de combate e prevenção do Aedes em Mato Grosso”, comentou Comandante Antônio Carlos.

O projeto piloto em Sorriso, através do empenho da juíza Emanuelle, visa a prevenção e conscientização, inclusive das crianças através de cartilhas para que se resolva esse problema da dengue, que já ceifou tantas vidas e deixou milhares de brasileiros vegetando por conta da microencefalia. Em casos de pressão extrema do Aedes, esse produto biológico poderá ser aplicado com aviões sobre os focos para um resultado mais rápido”, acrescentou o aviador.

Ao final do encontro, a Ministra Tereza Cristina parabenizou a iniciativa e se colocou a disposição para que a Lei que autoriza a utilização das aeronaves agrícolas, seja colocada em prática.

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O Brasil possui a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com mais de 2.400 aeronaves que podem ser empregadas no combate ao mosquito.

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Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, recebe documento da aviação agrícola brasileira que oferece toda sua frota para combater o Aedes Aegypti

BIOINSETICIDA

O desenvolvimento de um produto – bioinseticida – para controle do mosquito Aedes aegypti em duas formulações: comprimido e pó é uma iniciativa de Professores e estudantes do Centro de Ciências Biológicas da UEL (Universidade Estadual de Londrina –PR).

O bioinseticida pesquisado na UEL é produzido de forma artesanal e quase todas as fases são desenvolvidas dentro da universidade. As etapas são o isolamento da bactéria Bacillus thuringiensisisraelensis, o processo de fermentação, o crescimento da bactéria, a liofilização (desidratação) que consiste em transformar o líquido em pó. Depois disso, o material é enviado para Curitiba e transformado em comprimido. O processo é realizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O bioinseticida pode ser usado em reservatórios de água com difícil acesso, que impede a eliminação de larvas do mosquito Aedes. O produto age por até oito semanas, e elimina as larvas do mosquito.

Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.