Nessa terça-feira (17), um médico foi detido em Cuiabá, Mato Grosso, sob sérias acusações de perseguir e assediar sexualmente uma adolescente de 13 anos e seu irmão, uma criança diagnosticada com Transtorno de Espectro Autista (TEA), de apenas 6 anos. Os eventos ocorreram no Bairro Santa Isabel e deixaram a comunidade local alarmada.
A vítima, uma mãe preocupada, compartilhou a angustiante experiência de sua filha, que buscava seu irmão todos os dias na escola, como parte de sua rotina. Entretanto, naquele dia, sua filha notou um carro a seguindo de perto, com o condutor, identificado como o médico, agindo de maneira suspeita.
De acordo com o relato, o médico persistentemente tentou atrair a adolescente e seu irmão para seu veículo, indo tão longe a ponto de bloquear o caminho deles na calçada. Ele insistiu que eles entrassem em seu carro e prometeu levá-los para um passeio.
A mãe da vítima compartilhou suas preocupações: “Minha filha busca o irmão todos os dias na escola, é rotina. Só que ontem ela reparou que um carro estava seguindo ela, ele [o médico] acelerava e freava conforme ela andava. Ele ficava chamando ela para entrar no carro dele. O médico começou a cercar ela pela calçada para não ter onde passar, falando para ela entrar no carro com o irmãozinho e que levaria eles para passear”.
O caso alarmante só chegou ao fim quando as vítimas chegaram em casa e os vizinhos da família perceberam a situação. Eles se aproximaram, questionaram o que havia ocorrido e acalmaram a adolescente, que começou a chorar. Os vizinhos abordaram o médico para entender seus motivos e, ao fazê-lo, o carro acelerou e o médico partiu do local.
Conforme relato da mãe, o médico buscou refúgio na Perícia Oficial e Identificação Ténica (Politec-MT), onde ele trabalhava. Lá, ele alegou que havia sido vítima de uma tentativa de assalto por parte dos vizinhos das vítimas, que foram atrás dele logo após a fuga.
O médico foi posteriormente preso em flagrante, mas na delegacia, a mãe foi informada de que, de acordo com a legislação, o caso não seria considerado um abuso, pois a vítima tinha 13 anos, enquanto o abuso é definido como ocorrendo apenas quando a idade é inferior a 12 anos.
A mãe enfatizou que sua filha não deu motivo para ser alvo de tal assédio, já que a jovem é conhecida por seu comportamento reservado e seu vestuário não é inadequado ou provocante. A família enfrenta o trauma resultante do incidente, enquanto a mãe promete denunciar o caso até que seja devidamente esclarecido.
As autoridades continuam investigando o caso, que levantou preocupações significativas na comunidade. A Politec-MT também emitiu um comunicado afirmando que está monitorando o desenvolvimento do caso e tomará todas as medidas administrativas necessárias.
