Mato Grosso perde quase 1.700 km² de floresta e lidera ranking nacional de desmatamento

Nova Maringá lidera ranking de municípios com maior área desmatada, segundo estudo do Instituto Centro Vida

Fonte: CenárioMT

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Mato Grosso, um dos estados brasileiros com maior biodiversidade, enfrenta uma crise ambiental alarmante. Um novo estudo do Instituto Centro Vida revelou que o estado perdeu cerca de 1.700 km² de floresta nos biomas Amazônia e Cerrado entre agosto de 2023 e junho de 2024. A taxa de desmatamento na Amazônia chegou a 38,3% e no Cerrado a 27%, números que evidenciam a gravidade da situação.

A concentração do desmatamento em algumas regiões é outro ponto preocupante. Dez municípios mato-grossenses, liderados por Nova Maringá, são responsáveis por quase metade de toda a área desmatada no estado.

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Essa concentração indica que o problema está relacionado a fatores específicos, como a expansão da fronteira agrícola e a falta de fiscalização em determinadas áreas.

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A perda de grandes extensões de floresta tem consequências devastadoras para o meio ambiente e para a sociedade. A biodiversidade é drasticamente reduzida, o clima é alterado, os recursos hídricos são comprometidos e a qualidade de vida da população é afetada. Além disso, o desmatamento ilegal gera conflitos sociais e contribui para a insegurança alimentar.

Desmatamento ilegal em Mato Grosso

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Um dado alarmante é que cerca de 75% do desmatamento em Mato Grosso ocorreu de forma ilegal, sem a devida autorização dos órgãos ambientais. Áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, também foram fortemente impactadas. A Terra Indígena Sararé e a Reserva Extrativista Guariba Roosevelt são exemplos de áreas que sofreram com o avanço do desmatamento.

Ao comparar os dados de Mato Grosso com a média nacional, é possível identificar que o estado contribui significativamente para o desmatamento na Amazônia. Essa informação coloca em evidência a necessidade de ações mais efetivas para reverter esse quadro.

Mato Grosso assumiu compromissos internacionais importantes na COP 21, como zerar o desmatamento ilegal e reduzir a destruição das florestas até 2030. No entanto, os dados do estudo mostram que o estado está longe de atingir essas metas. Essa discrepância entre as metas e a realidade demonstra a urgência de medidas mais efetivas para combater o desmatamento.

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Graduada na Faculdade La Salle na cidade de Lucas do Rio Verde - MT, estagiou na Secretaria de Educação do município na área de ensino. Atualmente, exerce a função de repórter e redatora no portal CenárioMT, editoria Mundo, Mato Grosso e Cidadania.