Ibama e forças de segurança realizam operação contra garimpo ilegal na TI Sararé, em MT, com confronto e apreensão de equipamentos
Entre os dias 28 e 30 de setembro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em conjunto com a Polícia Federal (PF), Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC/MT), Gefron, BOPE/PMMT e CIOPAer, realizou uma ação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso. A operação, denominada Xapiri-Sararé, teve como alvo a área conhecida como “Garimpo do Cururu”, controlada por criminosos da facção Comando Vermelho, fortemente armados.
Confronto no Garimpo do Cururu em Mato Grosso deixa dois baleados
Durante a deflagração, equipes foram recebidas a tiros de fuzil pelos criminosos, que protegiam maquinários e estruturas de exploração mineral. Dois suspeitos, uma mulher e um homem, ficaram feridos, receberam atendimento no local e foram encaminhados para unidade médica em Pontes e Lacerda. Nenhum policial ou agente ficou ferido.
No total, a operação resultou na apreensão e/ou destruição de 42 motores estacionários, três escavadeiras hidráulicas, 13 motobombas, 18 geradores, duas caminhonetes, oito motocicletas, três motosserras, 101 acampamentos, sete armas de fogo, explosivos e 14 bunkers com equipamentos e insumos. Quatro minas subterrâneas foram demolidas por equipe especializada da PF.
A TI Sararé, com 67 mil hectares e habitada por grupos indígenas Nambikwara, está entre as mais afetadas pelo garimpo ilegal no país. Estima-se que aproximadamente 2 mil hectares da terra indígena já tenham sido devastados. Desde 2023, ações do Ibama na região já neutralizaram mais de 470 escavadeiras e dezenas de equipamentos, fundamentais para reduzir os danos ambientais causados pela extração ilegal de ouro.
O objetivo da operação é a desarticulação completa das atividades criminosas, proteção dos povos indígenas, preservação ambiental e cumprimento da legislação brasileira. Equipes permanecerão na área para localizar criminosos e armamentos ainda escondidos no interior da TI Sararé.
