Mato Grosso é o segundo estado que mais registrou acidentes aéreos

Os dados são referentes a este ano de 2021; aviões particulares e da aviação agrícola lideram o ranking  

Fonte: CenárioMT com inf. G1

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Em agosto, um avião de pequeno porte caiu em Poconé (MT) devido à falta de combustível — Foto: Corpo de Bombeiros

Dados do Painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Sipaer – revelam que Mato Grosso está no segundo lugar no ranking com mais números de acidentes com aviões.

Os dados são referentes ao ano de 2021. Em Mato Grosso houve até agora, de janeiro até dezembro, 20 acidentes, enquanto que no estado de São Paulo, foram 27 acidentes aéreos.

Em relação aos últimos 10 anos, Mato Grosso contabilizou 171 acidentes envolvendo aviões, novamente ficando atrás de São Paulo, que registrou no mesmo período 389 acidentes.

Ainda de acordo com o Sipaer, o ano em que houve mais acidentes na última década em Mato Grosso foi 2013, quando ocorreram 24 quedas de aeronaves.

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O estado também está entre os cinco com mais incidentes graves com aviões, ocupando a terceira colocação no ranking nacional, estando atrás de Goiás (11) e São Paulo (10). Em 2021, quatro dos 20 acidentes foram classificados como fatais, com a morte de todos os passageiros a bordo.

Os números revelam ainda que neste ano ocorrem 13 acidentes com aviões particulares e 04 com aviões agrícolas. Com avião regular; experimental e táxi aéreo, houve uma queda cada.

Ou seja, 65% dos acidentes foram em aeronaves particulares e 20% nas agrícolas.

De acordo com o regulamento Brasileiro da Aviação Civil, os aviões particulares realizam voos privados, sem fins lucrativos, com a finalidade de realizar atividades de recreação ou desportiva, de transporte do proprietário ou operador, de serviços aéreos especializados realizados em benefício exclusivo do proprietário ou operador, não podendo efetuar quaisquer serviços aéreos remunerados.

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Avião caiu por falta de combustível e um passageiro morreu em agosto deste ano em Poconé — Foto: Corpo de Bombeiros

Em Mato Grosso, os principais fatores são: julgamento de pilotagem (17%), aplicação de comando (9,5%), planejamento de voo (8,7%), processo decisório (7%), atitude (6,2%), percepção (5,8%), supervisão gerencial (4,5%), condições meteorológicas adversas (4,1%), manutenção da aeronave (3,7%) e pouca experiência do piloto (3,7%).

Segundo o sumário estatístico do Sipaer, chamam a atenção nos acidentes nos voos agrícolas os atores relacionados ao desempenho técnico do ser humano, como a perda de controle em voo, perda de controle no solo, falha do motor em voo e colisão contra obstáculos durante a decolagem e pouso.

Nos voos em geral dos últimos 10 anos também se destacam a perda de controle em voo e a falha do motor.

Duas fases do voo onde se concentraram mais da metade das ocorrências são a decolagem (38), o cruzeiro (27) e o pouso (21).

Já nos voos agrícolas, as principais fases são na decolagem, na manobra e na especializada, quando são usadas as manobras necessárias para aplicação em lavoura. A decolagem é uma fase sensível da operação agrícola por ocorrer repetidamente e em intervalos relativamente curtos entre cada voo.