Mato Grosso busca inspiração na África do Sul para fortalecer turismo de safári

Uma missão técnica visita o Parque Nacional Kruger para estudar práticas de gestão que possam ser aplicadas no Parque Estadual Encontro das Águas.

Fonte: CenárioMT

Mato Grosso busca inspiração na África do Sul para fortalecer turismo de safári
Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Uma missão do Governo de Mato Grosso está na África do Sul para analisar o modelo de gestão do Parque Nacional Kruger, referência mundial na combinação de conservação ambiental, desenvolvimento econômico e inclusão social. O objetivo é adaptar essas práticas ao Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal, conhecido pela maior concentração de onças-pintadas do planeta.

O Estado já desenvolve uma estratégia em parceria com Embratur e Sebrae, além de uma campanha internacional na National Geographic, visando consolidar o Pantanal mato-grossense como destino de safári competitivo com roteiros tradicionais da África do Sul, Quênia e Tanzânia.

Criado em 1926, o Parque Kruger possui quase 20 mil km² e atrai turistas para observar os “Big Five” — leão, leopardo, elefante, rinoceronte e búfalo. O Parque Estadual Encontro das Águas, com 135 mil hectares, oferece a oportunidade de ver cerca de oito onças-pintadas a cada 100 km², além de jacarés, sucuris, tamanduás-bandeira, aves raras e rica biodiversidade aquática.

“O Pantanal é o cartão-postal do turismo mato-grossense. Aprender com a África do Sul é fundamental para criar um safári que gere emprego e renda, preserve a biodiversidade e posicione Mato Grosso entre os destinos mais desejados do mundo”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

A agenda no Kruger inclui apresentações sobre gestão de unidades de conservação, serviços científicos e veterinários, combate à caça ilegal, turismo, manutenção de infraestrutura e gestão financeira.

A secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, afirmou que a equipe da Sema estuda a gestão de animais silvestres de grande porte e busca soluções adaptáveis à realidade brasileira. “Queremos aplicar o aprendizado sul-africano para criar um modelo próprio que permita o planejamento da observação de onças-pintadas e outros animais, fortalecendo nossas unidades de conservação e trazendo benefícios à sociedade”, explicou.

A missão inclui ainda a secretária adjunta de Gestão Ambiental, Luciane Bertinatto; o coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros, Éder Toledo; e a assessora de Relações Internacionais, Rita Chiletto.

Safári no Pantanal

A promoção internacional, batizada “Safari for the Senses”, conta com US$ 150 mil do Fundo Estadual de Desenvolvimento do Turismo (Funtur), com campanha veiculada nos canais da National Geographic. O fotógrafo Filipe DeAndrade registrou imagens e sons no Pantanal para a ação, que deve alcançar cerca de 10 milhões de impressões, incluindo os 280 milhões de seguidores globais da @natgeo no Instagram.

Além disso, a Galeria Visit Brasil, em Nova York, de 28 de outubro a 1º de novembro, irá divulgar o safári do Pantanal nos EUA, um mercado estratégico para observação da vida selvagem. Operadores estrangeiros também foram recebidos no Pantanal, e o destino participou de feiras internacionais para ampliar sua visibilidade.