Mato Grosso alcança a terceira menor taxa de desocupação do país no 2º trimestre de 2025

Fonte: CenárioMT

Mato Grosso tem a terceira menor taxa de desocupação do país no 2º trimestre de 2025, segundo a PNAD-Contínua Trimestral
Mato Grosso tem a terceira menor taxa de desocupação do país no 2º trimestre de 2025, segundo a PNAD-Contínua Trimestral | Imagem CenárioMT

Cuiabá, 15 de agosto de 2025 — Mato Grosso consolidou sua posição como um dos líderes em empregabilidade no Brasil, registrando a terceira menor taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2025. O índice, que chegou a 2,8% para o período entre abril e junho, foi divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de 2,8% em Mato Grosso ficou bem abaixo da média nacional de 5,8%. O estado foi superado apenas por Santa Catarina (2,2%) e Rondônia (2,3%).

Análise da taxa de desocupação: Um olhar gráfico

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Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Trimestral

A trajetória da taxa de desocupação no estado, conforme ilustrado pelo gráfico da PNAD-C, mostra uma tendência de queda e estabilização nos últimos anos. Partindo de 4,4% no segundo trimestre de 2022, o índice teve picos e vales até atingir a marca de 2,8% em meados de 2025. O número de pessoas desocupadas no estado foi estimado em 58 mil, sem variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre de 2024 e ao trimestre anterior.

Na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, a taxa de desocupação foi de 3,9%, uma queda de 1,4 p.p. em comparação com o trimestre anterior (5,3%). A capital, Cuiabá, também apresentou um índice favorável de 3,6%, uma redução de 0,7 p.p. em relação ao trimestre anterior (4,2%).

Rendimento Médio: Estabilidade com queda anual

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos em Mato Grosso foi de R$ 3.591. No entanto, uma análise mais aprofundada nos dados do IBGE revela uma queda de 2,3% em comparação com o segundo trimestre de 2024, quando o valor era de R$ 3.674. A tendência, representada no gráfico de rendimento, mostra que o pico de R$ 3.674 em meados de 2024 foi seguido por uma leve retração no primeiro trimestre de 2025 (R$ 3.634) e uma estabilização no período atual (R$ 3.591).

Na capital, o rendimento médio foi de R$ 3.945, um valor que, apesar de alto, representa uma queda significativa de 13,6% em relação ao mesmo período de 2024. A Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá registrou um rendimento de R$ 3.622, uma redução de 9,5% em comparação anual.

Rendimento medio
Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Trimestral

Aumento de desalentados e Informalidade

Apesar dos bons números de desocupação, o estado enfrenta desafios em outras frentes. A população desalentada, composta por pessoas que desistiram de procurar emprego por acharem que não o encontrariam, foi estimada em 19 mil pessoas no segundo trimestre de 2025.

Em uma das análises, o IBGE indica que esse número representa uma alta de 13,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia 17 mil pessoas desalentadas, e um aumento de 15,4% em relação ao trimestre anterior (janeiro a março de 2025). No entanto, outra parte do relatório aponta para uma redução de 13,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A taxa de informalidade em Mato Grosso no 2º trimestre de 2025 ficou em 35,5%, a oitava menor do país. O índice, no entanto, apresentou um aumento de 1,8 p.p. em relação ao mesmo período de 2024 e de 0,3 p.p. em relação ao trimestre anterior.