Malha rodoviária de Mato Grosso apresenta condições precárias, indica estudo da CNT

Fonte: Rebeca Moraes- CenárioMT

Foto: Secom MT
Malha rodoviária de Mato Grosso apresenta condições precárias, indica estudo da CNT Foto: Secom MT

Um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revelou que aproximadamente 75,9% da malha rodoviária pavimentada em Mato Grosso enfrenta algum tipo de problema, sendo classificada como regular, ruim ou péssima. Os dados alarmantes foram divulgados nesta quarta-feira (29), evidenciando os desafios enfrentados pelos usuários das estradas no estado.

A análise abrangeu um total de 5,9 mil quilômetros de estradas, e os resultados revelam que quase 76% desse percurso apresentam algum tipo de problema, indicando que mais da metade das rodovias mato-grossenses estão em condições precárias. Apenas 24,1% da malha rodoviária foi avaliada como ótima ou boa.

Comparativamente, o levantamento nacional aponta que 67,5% das rodovias brasileiras estão classificadas como regulares, ruins ou péssimas, enquanto apenas 32,5% são consideradas em condições ótimas ou boas.

A preocupação com as condições das estradas se torna evidente, uma vez que a infraestrutura rodoviária desempenha um papel crucial na mobilidade e no desenvolvimento econômico. Os desafios apresentados pelo estudo destacam a necessidade de investimentos e medidas para melhorar a qualidade e a segurança das rodovias no estado de Mato Grosso.

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O estudo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) alerta para um possível consumo desnecessário de R$ 71,2 milhões de litros de diesel em 2023, devido às condições precárias do pavimento da malha rodoviária em Mato Grosso. Esse desperdício representa um custo significativo de R$ 468,47 milhões para os transportadores, impactando diretamente a competitividade do Brasil e, consequentemente, o preço dos produtos.

As más condições do pavimento no estado contribuem para um aumento de 30,9% nos custos operacionais do transporte, conforme revela o estudo do Instituto Brasileiro de Administração Pública. O corredor logístico Centro Norte, utilizado para o escoamento da safra, registrou um aumento de 37% nos custos em comparação com a safra anterior. A falta de investimentos e a sobrecarga nas rodovias são apontadas como principais razões para esse cenário.

Somente em setembro deste ano, Mato Grosso foi responsável por 32% das exportações brasileiras de soja, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), conforme destacado pelo senador Wellington Fagundes.

A CNT estima que, em âmbito nacional, 1,139 bilhão de litros de diesel serão consumidos de forma desnecessária em 2023 pela modalidade rodoviária do transporte. Essa queima de combustível fóssil pode resultar na emissão de 3,01 milhões de toneladas de gases poluentes na atmosfera, destacando a urgência de investimentos em infraestrutura rodoviária para garantir eficiência e sustentabilidade no transporte nacional.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).