A maior cratera da América do Sul, conhecida como Domo de Araguainha, tornou-se objeto de análise minuciosa por parte do Ministério Público Federal (MPF).
As preocupações recaem sobre possíveis impactos socioambientais que podem ter ocorrido após a construção da rodovia MT-100, que liga Mato Grosso a Goiás.
Uma equipe técnica realizou uma visita à região nos dias 13 e 14 deste mês para avaliar de perto a situação.
Uma Formação Geológica Única
O Domo de Araguainha é uma formação geológica singular na América do Sul, resultante da queda de um asteroide com aproximadamente 1 km de diâmetro, ocorrida há cerca de 250 milhões de anos. Esta colossal cratera possui impressionantes 40 quilômetros de diâmetro, e a maior parte de sua extensão está situada em território mato-grossense.
Impactos Socioambientais sob Escrutínio
De acordo com o MPF, os principais focos de preocupação até o momento estão concentrados na região central do Domo de Araguainha. Esses impactos têm um efeito em cadeia, afetando diretamente a preservação ambiental da área e, consequentemente, impactando a economia impulsionada pelo turismo, que tradicionalmente movimenta a região.
A cratera estende-se entre os estados de Mato Grosso e Goiás, abrangendo parte das cidades de Ponte Branca (MT), Araguainha (MT), Alto Araguaia (MT), Doverlândia (GO), Mineiros (GO) e Santa Rita do Araguaia (GO).
À medida que o MPF aprofunda sua análise, o foco é identificar e compreender os impactos que a construção da rodovia MT-100 pode ter causado nessa região única em termos geológicos e ambientais. A preocupação com a preservação desse patrimônio natural e a sustentabilidade econômica da área são os principais impulsionadores dessa investigação em andamento.
