O trabalho de investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Lucas do Rio Verde levou à identificação e prisão do autor do homicídio de Vilmar Tozi, de 65 anos, morto na noite de 22 de agosto. O corpo do idoso foi encontrado por um irmão na manhã seguinte, em sua residência, na Avenida Santa Catarina, bairro Cidade Nova.
De acordo com a delegada Paula Moreira, responsável pelo caso, o suspeito foi preso em flagrante na última quinta-feira (11), já pela prática de outro crime. “Ele estava conduzindo uma motocicleta com o sinal identificador adulterado, produto de furto ocorrido em Sorriso. Agora, as investigações vão aprofundar para saber se ele também é autor desse furto ou se apenas receptou a moto”, explicou.
Segundo a delegada, desde o início do caso, a equipe da DHPP atuou de forma intensiva. “Fizemos um trabalho técnico qualificado, coletando imagens de segurança e ouvindo testemunhas. Além disso, a Politec foi fundamental ao colocar o autor na cena do crime, no horário em que a vítima foi morta”, destacou.
As apurações indicam que a motivação do crime teria sido um motivo fútil. “A vítima teria derramado um copo de cerveja do suspeito em um bar. Ele então seguiu Vilmar até sua casa, arrombou a janela e, após desligar a energia para não ser reconhecido, tirou a vida do idoso. Depois subtraiu uma televisão e o aparelho celular da vítima”, relatou a delegada.
O crime foi classificado como homicídio qualificado, já que a vítima era idosa, possuía limitações físicas e teve sua defesa dificultada. O autor teria usado uma chave de fenda para cometer o assassinato. O objeto foi apreendido e testou positivo para a presença de sangue; exames vão confirmar se o material genético é de Vilmar.
Além do homicídio, o suspeito é investigado por roubo, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo. O celular de Vilmar foi recuperado, e uma pessoa que havia adquirido o aparelho também foi presa por receptação.
A delegada Paula Moreira reforçou a periculosidade do investigado. “É um criminoso com várias passagens, que estava em liberdade há pouco mais de dois meses e nesse curto período voltou a praticar delitos graves. Se permanecer solto, certamente continuará a cometer crimes”, concluiu.