Termina nesta quarta-feira (7), em Brasília, a 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), realizada pelo Conselho Nacional de Saúde. O tema do evento “Democracia e Saúde” visa despertar a defesa dos princípios básicos do SUS, o Sistema Único de Saúde. Os eixos temáticos discutidos são: Saúde como Direito, Consolidação dos Princípios do SUS e Financiamento do SUS.
Foram realizadas cerca de três mil conferências municipais, preparativas para o debate em âmbito nacional. Foram apresentadas propostas relacionadas à saúde, oriundas das conferências municipais.
A conferência nacional é considerado o maior evento com participação popular do país e recebeu representantes de aproximadamente 100 conferências livres, organizadas por movimentos sociais, com temas relacionados à saúde do público LGBTI, quilombolas, da população negra, de pessoas acometidas por hanseníase entre outros.
A enfermeira Marcia Daniela Trentin é uma das delegadas escolhidas para representar o estado de Mato Grosso na conferência. Marcia é servidora da Prefeitura de Lucas do Rio Verde e, no evento, fez uma defesa das políticas públicas de saúde para a região, com suas características especificas.
Estiveram reunidos na capital federal representantes de movimentos sociais, conselheiros de saúde, usuários, trabalhadores e gestores do SUS, com o objetivo de traçar diretrizes para políticas de saúde pública no país. Na 16ª Conferência Nacional de Saúde foi redigido um relatório para subsidiar a elaboração do Plano Plurianual 2020-2023 e o Plano Nacional de Saúde.
Pela diversidade dos participantes, a conferência é considerada um dos espaços mais importantes de diálogo entre Governo e sociedade para a elaboração de políticas públicas. A representação popular influencia diretamente na construção das ideias apresentadas e metas traçadas para o setor.
Por que 8ª + 8?
A proposta temática para o evento é um resgate a memória da 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, o primeiro evento de participação social na saúde, em âmbito nacional, aberto à sociedade. Ela foi considerada histórica por ter sido um marco para a democracia participativa e para o SUS, já que o resultado desse grande encontro da população brasileira em Brasília gerou as bases para a seção “Da Saúde” da Constituição Brasileira, em 1988.
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