Promotor diz que empresa tem que melhorar comunicação com consumidor

Daniel Carvalho Mariano participou da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa que discutiu quedas e oscilações de energia em Lucas do Rio Verde

Fonte: CenárioMT

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Foto: ALMT

Apesar de vivermos na era da tecnologia, nem todos os recursos são usados para melhorar a comunicação da empresa com o consumidor. A observação é do promotor de Justiça, Daniel Carvalho Mariano, ao participar da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa em Lucas do Rio Verde nesta quinta-feira (04) à noite. O encontro serviu para a ALMT ouvir a comunidade sobre as quedas e oscilações de energia no município.

Segundo Mariano, é necessário que os problemas relacionados ao fornecimento de energia sejam abordados de maneira eficaz e pontual. Isso envolve cobrar respostas concretas da empresa concessionária em relação às melhorias prometidas, como a instalação de linhas de transmissão e outras medidas para reduzir as interrupções no serviço.

O promotor de Justiça ressaltou a importância da transparência por parte da concessionária, incluindo o fornecimento de informações imediatas aos consumidores sobre as interrupções no fornecimento de energia, previsões de retorno e medidas que estão sendo tomadas para resolver os problemas. Daniel observa que a empresa ganhou prêmios na área de inovação e deveria melhorar o aplicativo para a comunicação com o consumidor.

“Fazer um uma notificação do aplicativo para informar o consumidor que está tendo queda, a previsão de retorno. O consumidor ter que ligar pra saber a previsão de retorno? Não existe isso”, criticou. “Quando o consumidor está em atraso eles mandam notificação informando que a conta está em atraso. Aí cai energia e a empresa não me avisa?”

Essa comunicação pode, inclusive, permitir que comerciantes e empresários se organizem para evitar prejuízos causados pela má oferta do serviço. “Isso é uma angústia muito grande por vários consumidores de grande porte. Se já é ruim para nós consumidores comuns, imagina para quem tem comércio e pode ter um grande prejuízo”, observou.

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Além disso, menciona-se a necessidade de diálogo e colaboração entre o Ministério Público, a prefeitura e outras partes interessadas para resolver questões relacionadas à poda de árvores, fiação de empresas de internet e outros problemas que afetam o fornecimento de energia.

A abordagem proposta é uma combinação de medidas imediatas para resolver problemas urgentes e ações de longo prazo para garantir um fornecimento de energia mais estável e confiável no futuro. Isso inclui a exigência de um planejamento estratégico por parte da concessionária e a busca por tecnologias mais avançadas para melhorar a qualidade do serviço elétrico.

“A ideia é solucionar. Aquilo que é a longo prazo, fazer o quê? A longo prazo, não tem como exigir da empresa mudar da noite pra o dia. É o que a gente quer: curto, médio e longo prazo, que fique bom para os dois lados”, definiu o promotor, não descartando a possibilidade de definir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ou mesmo Ação Judicial.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.