Profissionais de saúde participam de curso sobre tratamento de hanseníase

Ao todo, a formação teve 100 horas e reuniu médicos, enfermeiros e fisioterapeutas

Fonte: Redação CenárioMT com Assessoria

profissionais de saude participam de curso sobre tratamento de hanseniase
Ascom Prefeitura/Anderson Lippi

Médicos, enfermeiros e fisioterapeutas da Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde participaram do curso de capacitação intitulado “Fortalecimento da temática hanseníase para ampliação do diagnóstico e tratamento no estado de Mato Grosso”.

A formação foi oferecida na modalidade de extensão pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, e contou com apoio do Ministério da Saúde.

O curso teve duas frentes de ensino. A primeira estratégia é por intermédio da Educação a Distância (EaD) e a outra com atividades práticas direcionadas ao aprendizado. Ao todo, a formação teve 100 horas.

Para a secretária de Saúde, Drª Fernanda Heldt Ventura, o curso se encontra com os planos da gestão. “Nesta gestão nós buscamos fortalecer nossas ações através da capacitação dos servidores. No caso da hanseníase, é fundamental que os profissionais que atuam no SUS, saibam diagnosticar e tratar, pois nosso estado é endêmico para esta patologia. Profissionais treinados e capacitados, fazem diagnósticos precoces e evitam as complicações da doença”, discorre.

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O curso EaD teve total flexibilidade de estudo, 24 horas por dia, sem limite de acesso. A interligação de computadores em rede possibilitou a formação de um ambiente virtual de ensino e aprendizagem, permitindo a integração dos conteúdos disponíveis, além de permitir a interatividade e a comunicação entre professor e estudantes e destes entre si.

Já a parte prática do curso foi realizada somente para os profissionais que concluíram a parte teórica. Durante o encontro presencial, os profissionais realizaram atividades práticas vivenciadas no conteúdo teórico a fim de proporcionar a melhor fixação do conhecimento adquirido. Essa etapa contou com a presença de pacientes com hanseníase e seus contactantes, para que eles pudessem ser diagnosticados durante o treinamento. Na ocasião, também foi possível diagnosticar pacientes que estivessem com a doença há mais de 2 anos, a fim de pesquisar resistências.

Segundo o professor e responsável pela realização do curso, Drº Roque Rafael Neto, o objetivo é promover ações educacionais, fortalecendo o conhecimento da hanseníase, com a finalidade de possibilitar o diagnóstico da doença na fase inicial e o adequado manejo clínico dos episódios reacionais. “Nós somos o estado com maior número de casos no Brasil. A hanseníase é uma doença milenar. Ela é uma doença que tem cura. Mas, devido ao preconceito e ao estigma, torna-se muito difícil o tratamento”, explicou.

Como forma de transformar esse cenário, o professor acredita que precisa ser feito um trabalho de conscientização, tanto do profissional de saúde quanto do paciente, uma vez que os sintomas clínicos da hanseníase demoram para se manifestar e, se não detectados com precocidade, podem levar a sequelas de dor e problemas de mobilidade importantes que o paciente pode levar para o resto da vida.

Para Drª Ana Paula Coser, da cidade de Tapurah, o curso contém aulas atualizadas e com uma excelente didática. “A intenção é avançar no debate sobre a hanseníase e, consequentemente, no seu tratamento. Sabemos que a hanseníase tem cara de tudo, então, até que seja descoberta, pode levar um tempinho, mas, quando temos uma capacitação com alguém muito mais experiente, nos munimos para oferecer um melhor trabalho aos pacientes”, concluiu.

Carlos Alberto Sousa de França Filho é enfermeiro e participou das duas etapas do curso. “A integração é importante para que todos tenham conhecimento sobre quando suspeitar que é hanseníase. O curso é voltado para a questão multiprofissional e se torna indispensável que todos tenham conhecimento. Na patologia, onde é feita a biopsia, no laboratório, o bioquímico, tem também as farmácias, liberando a medicação pelo SUS, na fisioterapia que trabalha para evitar a incapacidade dos movimentos, tem a

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