ONG prepara bazar para angariar recursos e atender animais de rua resgatados em Lucas do Rio Verde

Membros da Anjos de Quatro Patas pedem que a comunidade participe da iniciativa que acontecerá no dia 3 de junho, na Praça da Liberdade

Fonte: CenárioMT

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Foto: Arquivo pessoal

Será realizado no sábado, 3 de junho, um bazar promovido pela ONG Anjo de 4 Patas. O objetivo é angariar recursos que será destinados ao atendimento de animais de rua que são resgatados em Lucas do Rio Verde. O bazar acontecerá na Praça da Liberdade, junto ao Mercado do Produtor no bairro Jardim Primavera.

A presidente da ONG, Roseli Augusto, reforça o pedido dos integrantes do grupo para que a comunidade participe. Além de adquirir produtos no dia do bazar, é possível contribuir com doações para deixar o evento ainda mais atrativo.

“Quem quiser ajudar doando roupa, calçados. Eu estava até brincando com as meninas que vamos vender até panela. A gente já vendeu ferro de passar roupa. O que tiver pra vender, a gente aceita, o que a pessoa quiser doar, a gente aceita. É uma rendinha que está entrando pra Anjos de 4 Patas. Quem quiser a doar será muito bem-vindo”, disse.

Experiência

A atuação de Rose Augusto com a causa animal não é recente. Há muitos anos ela se preocupa com a situação de animais de rua, tanto que mantém em sua casa vários animais que estavam doentes, nas ruas.

O caso de um deles é bastante chocante. O animal estava pronto pra ser sacrificado, já que tem as patas traseiras paralisadas e vivia se arrastando pelas ruas. Compadecida, ela deu um lar e um nome ao ex-animal de rua: Rafael Augusto.

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Foto: Acervo pessoal

Já tem dois anos que ele está comigo, todo mundo conhece ele como Rafinha”, comentou a protetora de animais. “O que a gente sente é uma emoção, é uma felicidade. Você se sente completo, missão cumprida quando você consegue salvar aquele animal, mas quando você perde, é uma dor imensa, mas faz parte da vida”, relatou.

A presidente da ONG analisa que a situação poderia ser diferente caso as pessoas tivessem atitudes diferentes. “Eu acho que se cada um fizesse a sua parte, não teria tantos animais abandonados, não teria tantos animais sofrendo maus-tratos”, ressaltou.

A ONG

A criação da ONG Anjo de 4 Patas aconteceu há cerca de 15 anos. E foi fruto de uma ideia comum de algumas pessoas movidas pelo mesmo sentimento: o amor pelos animais. E foi a partir do resgate de um cachorro que foi atacado por um porco numa fazenda. Uma mobilização foi feita, recursos foram arrecadados, mas infelizmente o cachorro não resistiu.

Mas a iniciativa deu início à ONG. O grupo foi criado na internet e as pessoas começaram a ingressar, ajudando com um repasse mensal para as despesas com ração e consultas e exames veterinários gerados nos atendimentos.

“E através do grupo, tudo o que a gente ia postando ali, os próprios integrantes iam pegando, ia repassando nos status deles em outros grupos. O Anjo de 4 Patas é que eu sempre falo, eles não falam, mas a gente fala por eles”, assinalou.

Caminhada difícil

Apesar da adesão da comunidade, as coisas não são fáceis. O custo, principalmente no que é relacionado a consultas, exames e medicamentos, é bastante alto. Na maioria das vezes, a conta do mês não fecha, mas os protetores de animais não desanimam.

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Não adianta você fazer a reunião em prefeitura, não adianta você ir na Alpatas, que está super lotada. Então nós protetores voluntários temos que fazer nossa parte”, declarou a presidente. “Uma andorinha sozinha não faz verão e se a gente não tiver ajuda da população, a gente não dá conta”.

A protetora reforça que as pessoas acabam provocando esse abandono de animais. Ele ocorre, por exemplo, na mudança de família de um imóvel, com a alegação de que o futuro imóvel não tem espaço ou o ambiente não aceita animais. “Mas ninguém deixa um filho para trás, ninguém deixa um carro para trás, ninguém deixa nada para trás de seus bens, aquilo que lhe dá valor. Para eles simplesmente o animal é um objeto descartado”, desabafou.

Rede sociais

A Anjo de 4 Patas mantém páginas nas redes sociais. Para conhecer, colaborar e até mesmo fazer parte do grupo, basta acessar a página no Facebook ou Instagram e fazer contato com os administradores. Os animais resgatados e tratados pela ONG podem ser adotados.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.