Ginecologia atende mais de 1.250 mulheres em quatro meses em Lucas do Rio Verde

Entenda como funciona o atendimento da especialidade no Sistema Único de Saúde (SUS)

Fonte: Redação CenárioMT com Assessoria

ginecologia atende mais de 1 250 mulheres em quatro meses em lucas do rio verde
Ascom Prefeitura/ Rayan Nicácio

Cuidar da saúde é observar nosso corpo da cabeça aos pés e, para garantir atenção especial à saúde da mulher, a ginecologia integra uma das diversas especialidades ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por meio das Unidades Básicas de Saúde (PSFs) de Lucas do Rio Verde, 1.255 mulheres receberam atendimento da especialidade nos quatro primeiros meses do ano, conforme relatório emitido pela Central de Regulação do município. Para esse total de atendimentos o investimento foi de R$ 91.527,15.

O primeiro passo é buscar a atenção primária, que avaliará a necessidade do encaminhamento para o especialista, procedimento padrão no SUS, ou conseguir uma solução para o problema com o médico da saúde da família, clínico que atende nos PSFs.

O médico Antônio Valderico, integrante da atenção especializada em ginecologia, explica que se a mulher tem alguma queixa é preciso buscar o PSF. Nesse atendimento será feita uma consulta para identificar as necessidades e averiguar as formas de tratamento. Caso o médico  indique, a mulher será triada para passar pela consulta.

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No PSF, a paciente consegue realizar alguns serviços relacionados à ginecologia que não necessitam ser feitos por um ginecologista, como testes rápidos para ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), o exame preventivo, conhecido também como Papanicolau, exame clínico das mamas e todo o pré-natal para gestantes.

“O preventivo precisa ser feito regularmente. Deve ser iniciado a partir dos 25 anos de idade, conforme o Ministério da Saúde preconiza, uma vez ao ano. Algumas sociedades médicas recomendam depois de três anos do início da vida sexual”, explica Antônio.

O ginecologista do SUS é responsável por realizar atendimentos especializados, além de acompanhar casos de pré-natal considerados de alto risco. “Assim como qualquer outra especialidade, a ginecologia não é porta aberta. Você consultou com o médico da família e ele não conseguiu resolver, aí é feito o encaminhamento”, ressaltou.

Esse profissional também fica encarregado de analisar casos mais complexos que precisam de cirurgia, como miomas, que podem causar hemorragia e não há sucesso no controle com medicamento, casos de incontinência urinaria e retirada de útero.

O médico destaca as doenças mais frequentes tratadas em consultório: dores pélvicas crônicas, endometriose, ovários policísticos, distúrbios menstruais, contraceptivos de longa permanência, como o DIU, que precisam ser inseridos pelo ginecologista.

Além do preventivo, a paciente só deve buscar pelo especialista quando notar que algo não está certo com sua saúde, mas acima de tudo, ter uma rotina de autocuidados. De acordo com o médico, a maior causa de morte entre mulheres são doenças cardiovasculares e a segunda, cânceres ginecológicos.

“É preciso observar uma série de coisas, se ela se conhece, se o ciclo menstrual está regular, como está o peso, se ela se alimenta bem, histórico familiar de hipertensão e diabetes, se há risco de desenvolver uma doença cardiovascular, se ela está bem emocionalmente. Tudo isso precisa ser observado”, finalizou Valderico.

 

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