Em Lucas: Vereadores elevam o tom e cobram agilidade em serviços do Executivo Municipal

Fonte: CenárioMT

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Camara de Lucas do Rio Verde

Críticas partiram tanto de vereadores de oposição como dos situacionistas. Agricultura, saúde e infraestrutura foram os setores mencionados

A sessão ordinária desta segunda-feira (25) da Câmara de Lucas do Rio Verde foi marcada pelos discursos mais duros em cobranças de serviços do Executivo Municipal. Praticamente todos os vereadores lamentaram situações ocorridas nos últimos dias. Agricultura, saúde e infraestrutura foram os setores mencionados pelos vereadores.

Primeiro a usar a Tribuna, Márcio Albieri (PSD) cobrou ação efetiva para o combate à dengue. Ele citou que até pouco tempo os índices de infestação da doença eram menores. O vereador condicionou esse desempenho a mutirões de limpeza feitos de duas a três vezes por ano. “Toneladas de entulho eram recolhidos. Tinha um custo para o município que economizava depois na Secretaria de Saúde”, relatou.

O vereador Zulu (PTB) criticou a demora na liberação de exames. Ele chegou a mostrar o trecho de um áudio recebido por uma moradora, reclamando que está aguardando o resultado de uma ultrassonografia há dois meses. “Eu fiz uma indicação pra descentralizar o atendimento para a região do Jaime Seiti Fujii, que é a região mais populosa e tive como resposta que o município não pode fazer”, lamentou.

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O vereador Noel Dias (União Brasil) afirmou ser independente. Ele também disse concordar com cobranças direcionadas ao Hospital São Lucas, pois não conseguiu obter informações da direção da unidade médica. “Se acontece com a gente, que é vereador, imagine com a população. Tem que cobrar o atendimento do PAM, do São Lucas, tem que melhorar sim”, cobrou.

Já o vereador Airton Callai (Republicanos) disse que passou uma situação. Mesmo sem revelar quem foi o secretário, Callai disse ter ouvido que não era para se preocupar com cobranças de populares. “Porque temos muitos projetos para serem votados aqui na Câmara. Quero lembrar a todos que nós temos projetos que entraram na Casa agora. Projetos do Executivo parados não tem nenhum. Caso a senhora tenha projetos para a Câmara de Vereadores votar, manda pra cá, que certamente os nobres vereadores irão votar”, declarou.

Durante o uso da tribuna, Ademilson Pereira (PP), o Zinho, lembrou que os vereadores têm buscado dar agilidade na análise e votação de matérias. No entanto, as indicações feitas por alguns vereadores não são atendidas. O vereador progressista não mencionou nomes, mas diz que alguns secretários não estão correspondendo. “Tem que rever a situação de alguns secretários, porque quem vai pagar o pato vai ser você, prefeito”, alertou.

Outro que cobrou ações no combate a dengue foi o vereador Gilson Urso (DC). Ele disse que foi ao PSF no bairro Tessele Junior e ficou assustado com a quantidade de pessoas em busca de atendimento para dengue. “Vamos ter cuidado, carinho, não desejo que ninguém pegue dengue, mas temos que ter a consciência e colaborar”.

Ultimo vereador a usar a Tribuna, Daltro Figur (Cidadania) reforçou o tom crítico. O presidente da Câmara disse que visitou o projeto Nossa Senhora Aparecida, juntamente com o vereador Urso, e criticou ausência da equipe da Secretaria de Agricultura. “Não foram ver se as pessoas precisam de alguma coisa. Tem cidadãos lá que já fizeram o poço deles, plantou melancia”, relatou, lamentando que algumas coisas não foram feitas por falta de óleo diesel. “O trator ficou parado porque não tinha combustível. “Pra mim não tem explicação e não vou mais falar com o Miguel sobre esse assunto. Acho que já me tornei um cara chato. Acho que não sou bem visto na Secretaria lá”, reclamou.

Daltro mencionou que foram os vereadores que foram pedir votos durante o período de campanha. “Fomos nós, não foram os secretários. Nós conversamos com o Miguel do jeito que queríamos que as coisas acontecessem. Infelizmente não estão acontecendo”, assinalando que um dos chacareiros ‘gradeou’ seu lote. Ele cumpriu todos os requisitos, mas não conseguiu pagar o boleto da hora de trator. “Ou a prefeitura não precisa de dinheiro ou não tem gerência o negócio”.

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É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.