Campanha de vacinação contra a aftosa em Lucas do Rio Verde deve imunizar 50 mil animais

Esta pode ser a última campanha de vacinação contra a doença, já que o Estado de Mato Grosso busca o status sanitário de livre da aftosa sem vacinação

Fonte: CenárioMT

Começou no dia 1º deste mês a segunda fase da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso. Todo o rebanho de bovino e bubalino, de mamando a caducando, deve ser vacinado. A vacinação segue até 30 de novembro e deve ser a última acompanhada pelo Indea (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso).

A suspensão da vacinação faz parte do Plano Estratégico da Febre Aftosa (PNEFA) criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo é ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país. Mato Grosso está livre da doença desde 1996.

[Continua depois da Publicidade]

Médico veterinário do Indea em Lucas do Rio Verde, Clodomiro Reverdito, explica rotineiramente os técnicos têm realizado atividades de vigilância e monitoramento. Uma das ações é a coleta de sangue para verificação de circulação viral. “100% do Estado foi contemplado e não houve presença de anticorpos de circulação viral no Estado de Mato Grosso”, explicou. As coletas são feitas a cada dois anos.

Ganho

A evolução do status sanitário de Mato Grosso para livre de aftosa sem vacinação representa um ganho importante. Com o fim da vacinação, deverá ocorrer a valorização da carne mato-grossense, com a abertura de novos mercados, além da redução do custo com a aquisição da vacina.

[Continua depois da Publicidade]

“Hoje temos um limitante com mercados que não aceitam adquirir a carne aqui produzida, pois ainda somos um Estado que vacina seus rebanhos. A partir da mudança do status para livre da aftosa sem vacinação a tendência é que abram mais mercados”, pontuou.

Estimativa

A estimativa do Indea é vacinar cerca de 33 milhões de bovinos e bubalinos. Em Lucas do Rio Verde a Unidade Municipal do Indea prevê a imunização de aproximadamente 50 mil animais.

Reverdito observa que os produtores têm demonstrado consciência em relação a aftosa. “Produtor é peça fundamental nesta nossa estrutura de vigilância. Ele realizando a imunização desses animais o quanto antes deve vir realizar a comunicação. Muitos produtores que têm comercialização a ser feitas eles dependem de apresentar esta comprovação aqui no Indea, pra poder emitir o documento sanitário pra transporte, que é a GTA”, ressalta o médico veterinário.

A comunicação pode ser presencial nas unidades do Indea e pelo Módulo do Produtor, sistema online da autarquia. O prazo é até 12 de dezembro.

Cadastro

As unidades do Indea têm realizado o cadastro da chamada ‘marca fogo’, as que são feitas nos animais e que indicam a propriedade. O produtor leva o ferro da marca de propriedade até a unidade do Indea onde é tirado um ‘print’ e inserido no sistema.

“E é atrelada essa marca ao CPF do produtor. Ao emitir a guia de transporte ele pode incluir essa marca em seu GTA. Acaba sendo mais uma maneira dele rastrear o gado, ter mais segurança e a gente aumente a acurácia de ver qual é a movimentação desse rebanho está realizando”, explica Reverdito.

Brucelose

Por fim, o médico veterinário do Indea observou que os produtores aproveitam o período de vacinação contra a aftosa para completar a imunização das fêmeas contra a brucelose.

“A campanha contra a brucelose encerra em 31 de dezembro. Porém, como o produtor já vai fazer o manejo, aquele que já vai trazer os animais para o curral, vai fazer o aparte e até desmama aproveitando o manejo, ele já pode e a gente até orienta que já faça isso pra não deixar para o ultimo momento, a imunização das fêmeas acima de três meses contra a brucelose. Essa vacinação tem que ser realizada por um vacinador habilitado ou até mesmo por um médico veterinário que é cadastrado no Indea”, conclui.

Para receber nossas notícias em primeira mão, adicione CenárioMT às suas fontes preferenciais no Google Notícias .
Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso. Cargo: Jornalista, DRT: 0001781-MT