Justiça de Mato Grosso mantém condenação de corretora por falha em criptomoedas

Decisão judicial obriga empresa a indenizar cliente após fraude que resultou em perda de ativos digitais.

Fonte: CenárioMT

Justiça de Mato Grosso mantém condenação de corretora por falha em criptomoedas

A Terceira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso confirmou a condenação de uma plataforma de criptomoedas, responsabilizando-a pela perda de ativos digitais de um usuário. O cliente deverá receber indenização de R$ 82.068,11, acrescida de correção monetária, juros e honorários.

O processo chegou à segunda instância após recursos apresentados tanto pela corretora quanto pelo investidor. A empresa alegava que não havia falha em seu sistema e atribuía a fraude à conduta do cliente ou de terceiros. Já o usuário defendia a restituição dos ativos na cotação do dia da descoberta da fraude, o que elevaria o valor da indenização.

Responsabilidade objetiva da corretora

Na análise do caso, o relator desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha destacou que a responsabilidade da corretora é objetiva, ou seja, independe da comprovação de culpa. Para o tribunal, o simples fato de o roubo ter ocorrido dentro da plataforma revela falha na prestação do serviço.

A decisão também estabeleceu que a restituição não precisa ocorrer em criptomoedas, mas sim convertida em moeda nacional na data da fraude. Esse critério, segundo a corte, garante a equivalência patrimonial e evita enriquecimento sem causa do cliente.

Segurança digital em pauta

O tribunal reforçou que, diante de vulnerabilidades, é obrigação das corretoras adotar medidas eficazes de proteção para impedir fraudes, tanto no acesso remoto quanto em seu ambiente interno. Com isso, a decisão confirma a condenação da empresa e ressalta a necessidade de maior segurança no mercado de criptomoedas em Mato Grosso.

Um criador de conteúdo e entusiasta de jogos e tecnologia, trabalha como redator no CenárioMT, é analista de TI e game designer no tempo livre.