Jornalista é indiciado em MT por crimes sexuais

Fonte: CenárioMT

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (Dedm) de Cuiabá, concluiu nesta semana cinco inquéritos e indiciou um jornalista de 38 anos, por estupro tentado, importunação sexual, ameaça, gravação não autorizada da intimidade sexual e descumprimento de medida protetiva de urgência.

O suspeito foi investigado na delegacia especializada da Capital por diversos crimes contra a dignidade sexual, sendo que, que até a presente data, foram registrados dez boletins de ocorrências contra ele.

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Os inquéritos presididos pela delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis serão remetidos ao Ministério Público Estadual para análise da possibilidade de oferecimento de denúncias e de outras representações cabíveis.

De acordo com a delegada, entre as vítimas relacionadas nos inquéritos uma delas recebeu medida protetiva de urgência tendo em vista relacionamento amoroso anterior com o suspeito. A medida determinava que o rapaz não poderia se aproximar do local de trabalho e da residência da vítima. Durante as investigações, o investigado descumpriu a medida protetiva por ter comparecido no local de trabalho da vítima e ainda feito ameaça.

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Diante dos fatos devidamente comprovados por depoimento de testemunha, interrompemos as conclusões das investigações e imediatamente foi representada pela prisão preventiva do suspeito, sendo que na última segunda feira (25.11), acompanhada por um agente da Polícia Federal e policiais da Dedm, realizamos a prisão do investigado no aeroporto de Várzea Grande, quando ele retornava ao estado. Ressaltamos que a medida protetiva é ordem judicial, e como tal, deve ser cumprida. Caso o investigado queira contestar a decisão, ele deve usar os meios legais junto ao Poder Judiciário para tentar revertê-la, e não deixar de cumpri-la por entender ser injusta”, esclareceu a delegada.

As diligências investigativas reuniram material probatório com oitivas de diversas testemunhas, análise de material coletado – inclusive cópias das mensagens trocadas entre vítimas e suspeito – e quebras de sigilos que comprovaram que as mensagens partiram de terminal telefônico registrado em nome do suspeito.

Com a conclusão dos inquéritos posso afirmar que as ações do suspeito não limitaram-se apenas a incomodar, perturbar ou molestar suas colegas jornalistas com mensagens de cunho sexual. Em um dos casos, uma das vítimas foi socorrida por amigos quando o jornalista tentava estuprá-la. Em outra situação, sem autorização de uma das vítimas, o investigado filmou o ato sexual entre eles e manteve o conteúdo em seu poder”, informou a delegada Nubya Beatriz.

Os casos de menor complexidade foram encaminhados ao Juizado Especial da Capital, logo no início das investigações.

A Delegacia da Mulher identificou registros de ocorrências de crimes sexuais contra o investigado no estado do Espírito Santo e no Distrito Federal. “Parabenizo a equipe e Núcleo de Inteligência que se empenhou nas investigações, que contaram com apoio da Diretoria de Inteligência, sem o qual seria impossível a realização da prisão do suspeito”, finaliza a delegada.

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