O choque violento na tarde de sexta-feira mudou para sempre o fim de tarde naquela rua: a idosa identificada como Diomar Rodrigues Giovani, de 78 anos, caiu ao chão após ser atropelada, e morreu pouco depois no hospital. O impacto – e a falta de habilitação do piloto – geraram uma sequência de questionamentos sobre segurança, fiscalização e responsabilidade.
Conforme informou a Polícia Militar, a equipe foi acionada por volta das 17h para atender um acidente de trânsito com vítima. No local, a vítima foi encontrada inconsciente, com múltiplas fraturas, segundo o boletim policial. O atendimento inicial foi dado pelo Corpo de Bombeiros Militar, que a encaminhou ao hospital, mas ela não resistiu aos ferimentos.
O condutor da motocicleta – um jovem de 18 anos – permaneceu no local. Ele pilotava uma moto branca, apresentava escoriações no braço direito, ombro, pé e relatava dores nas costas. A PM constatou que o rapaz não possuía a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e, em estado de nervosismo e confusão, não conseguiu relatar com clareza o que havia ocorrido.
Fiscalização e implicações legais
A motocicleta ficou no local do acidente em razão dos danos causados, e a chave foi entregue aos familiares do condutor. Ele recusou o atendimento médico e foi levado à Central da Polícia Militar, acompanhado da mãe, para registro do Boletim de Ocorrência. Em seguida, o caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Colíder para investigação.
Além disso, o fato de o condutor não possuir CNH acarreta implicações previstas no Art. 309 do Código Penal (conduzir veículo sem habilitação) e também infração segundo o Art. 162 do Código de Trânsito Brasileiro, por conduzir veículo com habilitação vencida ou sem aquisição – circunstâncias agravantes quando há vítima fatal.
Contexto regional e alertas
Em âmbito estadual, os dados mostram que acidentes de trânsito com vítimas graves ou fatais têm crescido nas rodovias e vias urbanas de Mato Grosso. No trecho do Norte do Estado, por exemplo, houve registro de dois graves acidentes em menos de 16 horas nas imediações da BR-163.
Apesar de não haver estatística pública específica para o número de atropelamentos envolvendo motocicletas em Colíder em 2024, o município conta com cerca de 32 054 habitantes estimados para 2025. A combinação de alta circulação de motos, vias urbanas movimentadas e falhas de segurança torna esse tipo de episódio ainda mais preocupante.
Este incidente reforça aquelas perguntas que sempre surgem após tragédias semelhantes: a fiscalização era adequada? O condutor recebeu orientação sobre riscos? Havia placas, sinalização ou trabalho educativo em vias como a Avenida Isabel Martins Simone?
Para a comunidade, o que fica é uma lição dolorosa e um alerta urgente: perder uma vida aos 78 anos em uma tarde comum implica mais do que um simples acidente — expõe fragilidades no sistema de trânsito, que precisam ser confrontadas com políticas públicas, fiscalização e educação.
Se você testemunhou o momento do ocorrido, tem imagens ou informações que possam ajudar na investigação, procure a delegacia local ou participe via canais de denúncia da Polícia Civil. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Militar e da Polícia Civil de Colíder, conforme comunicado da corporação.
(Com informações da Polícia Militar de Colíder.)


















