O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) sediou, no auditório da sede das Promotorias de Justiça de Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá), um seminário voltado à formação da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente e de conselheiros tutelares sobre os impactos do trabalho infantil. O evento foi promovido pelo Conselho Tutelar de Rondonópolis – Região I e contou com a participação de profissionais das áreas da saúde e assistência social.
O seminário teve como objetivo conscientizar sobre os malefícios do trabalho infantil à saúde e à educação de crianças e adolescentes, destacando a chamada “armadilha do trabalho infantil”, que mantém ciclos de pobreza e desigualdade social.
Entre os palestrantes estavam o procurador do Trabalho e vice-coordenador regional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Pedro Henrique Godinho Faccioli; a juíza da Vara Especializada da Infância e Juventude, Maria das Graças Gomes da Costa; e a promotora de Justiça Patrícia Eleutério Campos Dower, da 4ª Promotoria Cível de Rondonópolis.
A promotora Patrícia Dower explicou que a ideia difundida de que crianças podem trabalhar muitas vezes faz com que o trabalho infantil seja naturalizado, especialmente em famílias em situação de vulnerabilidade social. “O trabalho prejudica o desempenho escolar das crianças, compromete seu futuro profissional e obriga filhos de famílias vulneráveis a também trabalhar para ajudar a família”, disse. Ela ainda destacou a importância da atuação contínua do Ministério Público do Trabalho no combate a essa violação de direitos.
O evento também contou com apresentação de dança de crianças do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) de Rondonópolis e abriu espaço para perguntas e debates, fortalecendo o diálogo e a integração da rede de proteção infantojuvenil.

















