Fábrica clandestina de bebidas é fechada em Várzea Grande após operação da Polícia Civil

Polícia Civil e Vigilância Sanitária encontraram mais de 500 garrafas prontas e três tanques de mil litros com líquidos suspeitos em imóvel sem higiene.

Fonte: CenárioMT

Fábrica clandestina de bebidas é fechada em Várzea Grande após operação da Polícia Civil
Foto: PJC

A escalada de falsificação e adulteração de bebidas em Mato Grosso tem acendido um alerta nas autoridades sanitárias e policiais. Só em Várzea Grande, este é o terceiro caso identificado em menos de duas semanas, revelando uma rede crescente de produção clandestina que coloca em risco a saúde da população e a credibilidade do mercado de destilados local.

Em mais uma ação de fiscalização, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária Municipal interditaram uma fábrica ilegal no bairro Jardim dos Estados. O espaço funcionava de forma improvisada e sem qualquer condição de higiene, servindo simultaneamente de moradia e ponto de fabricação de bebidas adulteradas. Um homem, apontado como responsável pelo local, foi preso em flagrante.

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Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, a Politec recolheu amostras de líquidos armazenados em três bombonas de mil litros, misturados a essências, ervas e até raízes — supostamente usadas para alterar odor, sabor e coloração. Mais de 500 garrafas estavam prontas para distribuição, parte delas já rotuladas como bebidas conhecidas no mercado.

Risco à saúde e crime previsto em lei

De acordo com o artigo 272 do Código Penal, adulterar ou falsificar produtos destinados ao consumo configura crime contra a saúde pública, com pena que pode chegar a oito anos de prisão. A suspeita é de que o líquido apreendido contenha substâncias tóxicas, como metanol, que em pequenas doses já é capaz de causar cegueira ou até morte.

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Um levantamento recente da Secretaria de Estado de Segurança Pública mostra que os casos de falsificação de bebidas em Mato Grosso aumentaram 23% em 2024, com maior concentração nas regiões metropolitanas. Especialistas apontam que o crescimento da prática está ligado à alta tributação e à demanda por destilados mais baratos, cenário que alimenta um mercado paralelo cada vez mais sofisticado.

Investigação continua e consumidores devem redobrar atenção

Conforme a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), as investigações seguem para identificar possíveis conexões do suspeito com outros pontos de distribuição. O imóvel foi interditado e todo o material encaminhado para perícia. A Vigilância Sanitária reforçou que nenhum produto irregular será liberado antes da conclusão dos exames laboratoriais.

Autoridades orientam que o consumidor sempre adquira bebidas em locais de confiança, verificando o lacre, o selo fiscal e a procedência do rótulo. Produtos com preço muito abaixo do mercado ou embalagens danificadas devem ser denunciados aos canais da Polícia Civil ou ao Procon estadual.

As informações foram confirmadas pela assessoria da Polícia Civil de Várzea Grande.

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Um criador de conteúdo e entusiasta de jogos e tecnologia, trabalha como redator no CenárioMT, é analista de TI e game designer no tempo livre.