Representantes de 142 municípios de Mato Grosso se reúnem em Cuiabá para o Encontro Mato-grossense de Acolhimento Familiar, realizado na Associação de Delegados de Polícia (Andepol) de quarta a sexta-feira (1º a 3.10). O evento reúne gestores de assistência social, coordenadores do serviço e equipes técnicas municipais, além de representantes de conselhos, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça.
Promovida pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT), a formação tem como objetivo alinhar o conhecimento técnico sobre o Serviço de Acolhimento Familiar, fortalecendo estratégias de implantação e execução em todo o Estado.
Durante a abertura, a secretária adjunta de Assistência Social, Miranir Alcântara, destacou que é necessário avançar na implementação do serviço, atualmente disponível em Alta Floresta, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Santo Antônio de Leverger, Sinop e Tangará da Serra. Ela reforçou que a Setasc está disponível para apoiar os municípios, promovendo diálogo sobre funcionamento, articulação com a rede local, famílias e comunidade.
A juíza coordenadora adjunta da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Ana Paula Gomes de Freitas, afirmou que o encontro representa um passo importante para ampliar as opções de acolhimento de crianças e adolescentes, sem substituir os abrigos já existentes.
O defensor público Robson Cleiton de Souza Guimarães destacou a parceria da Defensoria com a rede municipal, visando à expansão do acolhimento familiar, inclusive em cidades menores. Já o promotor de Justiça Nilton César Padovan reforçou a importância de aplicar os aprendizados do evento em favor das crianças e adolescentes.
Vilma Boaro Gamba, secretária de Assistência Social de Alta Floresta, considerou a modalidade uma experiência positiva, lembrando que desde 2021, 28 crianças e adolescentes foram atendidos por famílias acolhedoras, fortalecendo vínculos e oferecendo cuidado especializado.
A programação inclui palestras sobre direitos fundamentais de crianças e adolescentes, contribuições do Poder Judiciário e atuação da Defensoria no acolhimento familiar. Nos dias 2 e 3, especialistas nacionais do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora conduzem novas apresentações.
O Serviço de Acolhimento Familiar permite que crianças e adolescentes afastados de suas famílias de origem sejam recebidos por famílias acolhedoras, garantindo convívio familiar e desenvolvimento seguro. Quando a reintegração não é possível, o acolhimento se mantém até encaminhamento para adoção.