Empresa produz camisetas premium com algodão 100% mato-grossense e rastreável

A cuiabana Almagrino lançou uma linha de produtos que usa algodão apenas de MT, que é responsável por 70% da produção nacional

Fonte: CenárioMT com Assessoria

Foto: Divulgação

A potência mato-grossense na cotonicultura não é apenas produto tipo exportação. Cerca de 70% da produção nacional de algodão de 1,6 milhões de hectares estão em lavouras de Mato Grosso e parte do produto que fica no país, abastece o mercado de roupas premium como a Almagrino, marca de camisaria masculina, nasceu no Caminho da Fé, um famoso caminho de peregrinação realizado entre as cidades paulistas de São Carlos e Aparecida.

Após pedalar 536 km, o empresário Henrique Resende e o gerente de qualidade Pedro Sávio se uniram ao produtor rural Alexandre Schenkel para criar uma marca de roupa com alma de um peregrino, ou seja, com propósito. Desde o início, a marca busca integrar toda a cadeia brasileira do algodão por meio de inovação e responsabilidade socioambiental.

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“Gostaríamos de criar algo que tivesse um propósito, que impactasse positivamente na vida das pessoas. E quando surgiu a ideia de ser uma marca, a gente quis fazer com algodão de Mato Grosso porque nós somos o Estado que mais produz algodão no Brasil. Nosso país é o quarto maior produtor de algodão do mundo e o segundo maior exportador de algodão de altíssima qualidade. Queríamos fazer algo com o nosso algodão daqui que valorizasse essa matéria-prima nossa, inclusive de origem certificada, que é o algodão rastreável”, explica Henrique Resende.

Rastreabilidade

A empresa mato-grossense integra o programa SouBR, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), que torna possível rastrear a peça de roupa desde o plantio do algodão certificado até a venda do produto final. Isso garante ao consumidor ter a certeza da origem daquilo que está adquirindo e qual o impacto que esta compra teve no meio ambiente, na sociedade e na economia.

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Dentre os critérios para conseguir o certificado de Algodão Brasileiro Responsável (ABR) são exigidos 183 itens das fazendas de algodão como a proibição do trabalho infantil, de trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante, discriminação de pessoas, boas práticas agrícolas e industriais, segurança, saúde e meio ambiente do trabalho rural, dentre outras exigências.
No caso da empresa, o algodão utilizado no primeiro lote é fornecido por 9 propriedades certificadas com o selo ABR. São fazendas localizadas nos municípios de Campo Verde, Primavera do Leste, Campo Novo do Parecis, Poxoréu, Sorriso, Santo Antônio do Leste, Sapezal e Diamantino.

O processo de fiação do algodão é realizado em Pomerode (SC), depois segue para malharia em Jaraguá do Sul (SC) e em seguida vai para a confecção na cidade catarinense de Agrolândia. Depois disso, as roupas vêm para Cuiabá (MT).

As peças podem ser adquiridas pelo site da empresa e neste mês de setembro será inaugurada a primeira loja física da empresa. Além disso, uma nova linha de produtos para empresas já está disponível.

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Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso. Cargo: Jornalista, DRT: 0001781-MT