CUIABÁ (MT) — Conforme divulgado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejus), o serviço de telemedicina voltado a reeducandos do sistema prisional de Mato Grosso realizou 13.558 consultas médicas e psicológicas em um ano de funcionamento. A ação busca suprir a carência de atendimento especializado nas unidades prisionais do estado.
Ampliação do acesso à saúde
O projeto de teleassistência da Sejus oferece consultas em clínica geral, ginecologia, psiquiatria, urologia, ortopedia e psicologia, garantindo acompanhamento contínuo a pessoas privadas de liberdade. Segundo dados oficiais, o número de atendimentos cresceu significativamente desde o início da implantação. Em novembro de 2024, eram cerca de 300 reeducandos assistidos; em outubro de 2025, o número ultrapassou 1,8 mil atendimentos mensais.
De acordo com o secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato, o serviço tem sido essencial para atender especialidades médicas com alta demanda e escassez de profissionais na rede pública. “Conseguimos ampliar o alcance de atendimentos e oferecer um modelo inovador no sistema penitenciário nacional”, afirmou.
Inovação e impacto social
A telemedicina ganhou força no país após a pandemia da covid-19 e, no contexto prisional, tornou-se uma ferramenta estratégica para garantir o direito à saúde previsto na Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). Segundo a superintendente de Políticas Penitenciárias da Sejus, Gleidiane Assis, a iniciativa complementa o trabalho presencial das equipes médicas e psicológicas. “A tecnologia se mostra um recurso essencial para ampliar a cobertura e reduzir deslocamentos desnecessários de custodiados”, explicou.
O programa integra a política de saúde prisional mantida em parceria entre o Estado e as secretarias municipais de saúde, com foco na continuidade dos cuidados médicos e psicológicos aos internos.
Por que a telemedicina importa
- Reduz o tempo de espera para consultas especializadas;
- Evita deslocamentos sob escolta, otimizando recursos de segurança;
- Garante atendimento médico a unidades em áreas remotas;
- Promove a humanização do sistema prisional.
Próximos passos: A Sejus avalia expandir o serviço para novos polos regionais e incluir outras especialidades médicas, segundo nota enviada à reportagem.
Reportagem baseada em informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso.
BOX INFORMATIVO:
Telemedicina no sistema prisional
– Início: 2024
– Total de consultas: 13.558
– Especialidades: Clínica geral, ginecologia, psiquiatria, urologia, ortopedia e psicologia


















