Conforme divulgado pela Seciteci, uma série de ações da Seciteci Consciência Negra tem sido realizada ao longo de novembro em escolas técnicas e universidades de Mato Grosso, com palestras, oficinas e debates voltados ao enfrentamento do racismo e à promoção da inclusão. As atividades ocorreram entre 12 e 18 de novembro em Cuiabá e Sinop, envolvendo servidores, docentes e especialistas em educação e relações raciais.
Contexto das ações
Conforme apurado pela reportagem, a programação iniciou em 12 de novembro, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde o pesquisador Sérgio Pereira dos Santos, doutor em Educação e pós-doutor em Sociologia, abordou trajetórias sociais e desigualdades raciais em carreiras de prestígio. A atividade contou com apoio institucional da Seciteci e foi registrada em documento oficial disponível no portal da secretaria.
No dia seguinte, a servidora e pesquisadora Julianne Caju conduziu palestra, oficina e roda de conversa na Escola Estadual Ana Maria do Couto, em Cuiabá, discutindo literatura negra e estratégias pedagógicas para educação antirracista. A docente também apresentou, segundo nota oficial, resultados de sua pesquisa sobre educomunicação e pretagogia.
Detalhamento das ações em Sinop
A série de atividades seguiu em 17 e 18 de novembro na Escola Técnica Estadual de Sinop (ETEC). A reportagem confirmou que, no primeiro dia, Julianne ministrou a palestra “As palavras como instrumento de poder”, com foco em racismo linguístico e responsabilidade social dentro das organizações. No dia 18, a ETEC promoveu exposições, apresentações culturais, oficinas e minicurso de tranças, organizado com a trancista Vanessa Princesa de Tranças e voluntários da comunidade escolar.
A Seciteci também informou apoio direto à 19ª Jornada – Desigualdades Raciais na Educação Brasileira, integrada ao Seminário de Educação (SemiEdu), programado para ocorrer entre 26 e 28 de novembro. O tema central desta edição é “Mulheres Negras na Ciência e Tecnologia”.
Relevância institucional e impacto social
Segundo a servidora Julianne Caju, os eventos contribuem para enfrentar o apagamento epistêmico e dar visibilidade à produção intelectual negra. Ela destacou ainda que a secretaria tem ampliado ações afirmativas em processos seletivos e eventos internos, incentivando debates sobre equidade racial.
O secretário Allan Kardec afirmou que fortalecer discussões sobre relações raciais é parte da missão da pasta e citou a necessidade de políticas contínuas para reduzir desigualdades. Em suas palavras, promover debates qualificados é um passo fundamental para mudanças sociais duradouras.
Por que isso importa
As iniciativas reforçam políticas educacionais alinhadas às diretrizes da Lei 10.639/2003, que integra o ensino de história e cultura afro-brasileira ao currículo escolar. Dados do IBGE mostram que desigualdades raciais no acesso à educação e tecnologia ainda persistem, o que torna ações como a Seciteci Consciência Negra essenciais para a redução de assimetrias.
Reportagem baseada em informações oficiais da Seciteci.
BOX – Dados de Contexto
- Lei 10.639/2003 torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira.
- Segundo o IBGE, mulheres negras representam menos de 3% da pesquisa científica nacional.
- ETECs e escolas estaduais são responsáveis por mais de 30% da formação profissional pública no estado.
Continue acompanhando atualizações para saber como essas ações influenciam a formação de estudantes em MT.



















