Conforme divulgado pela Polícia Militar, o Congresso Violência Doméstica teve início na manhã desta terça-feira (18.11), no auditório da Fecomércio, em Cuiabá, reunindo 360 policiais e representantes das Forças de Segurança para discutir estratégias de enfrentamento à violência contra a mulher. A ação, que integra a campanha Laço Branco, segue até esta quarta-feira (19.11) e busca fortalecer a capacitação dos agentes no atendimento técnico e humanizado às vítimas.
Capacitação e contexto institucional
Conforme apurado, o evento aprofunda práticas de prevenção, acolhimento e resposta rápida, com base em diretrizes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e do Ministério das Comunicações (MCom). Esta é a primeira edição dedicada também aos traumas transgeracionais, conceito que explica como impactos psicológicos da violência podem atravessar gerações.
A tenente-coronel Ludmila Eickoff, coordenadora da CPCDH, destacou que reconhecer esses efeitos amplia a capacidade policial de identificar padrões familiares e agir de forma preventiva. Segundo ela, a transmissão emocional e comportamental do trauma exige abordagem sensível e contínua, reforçada por estudos citados em notas técnicas do MMFDH (documento oficial disponível em https://www.gov.br/mdh).
Programa Patrulha Maria da Penha e dados atualizados
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Claudio Fernando Carneiro Tinoco, ressaltou que a capacitação fortalece ações já em andamento, como o Programa Patrulha Maria da Penha, presente em 102 municípios de Mato Grosso. Criado em 2019, o programa tem como meta interromper ciclos de violência e restaurar a sensação de segurança das vítimas.
Segundo dados oficiais da PMMT, mais de oito mil mulheres foram atendidas somente em 2024. O comandante afirmou que o efetivo do programa foi ampliado com apoio do governo estadual e da primeira-dama Virgínia Mendes, por meio do SER Família Mulher. A instituição também confirmou planos para instalar uma sede própria em Cuiabá, centralizando núcleos de atendimento especializados.
Por que o tema importa
- A violência doméstica permanece como um dos crimes mais subnotificados no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
- Dados oficiais do MMFDH apontam que a maioria das vítimas sofre múltiplos episódios antes de denunciar.
- Estudos sobre traumas transgeracionais ajudam a compreender padrões de repetição em ambientes familiares.
As discussões do Congresso Violência Doméstica reforçam a importância de políticas permanentes, integração entre forças públicas e qualificação constante dos agentes que atuam na linha de frente.
Reportagem baseada em informações da Polícia Militar e documentos oficiais do MMFDH.
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